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Economia

População diz que parcelamento é alternativa para IPTU mais caro

Priscilla Peres | 12/11/2014 18:13
Psicóloga acredita que os aumentos sejam reflexo da conjuntura nacional. (Foto: Alcides Neto)
Psicóloga acredita que os aumentos sejam reflexo da conjuntura nacional. (Foto: Alcides Neto)
Professora afirma que reajuste do IPTU não condiz com o salário dos trabalhadores. (Foto: Alcides Neto)
Professora afirma que reajuste do IPTU não condiz com o salário dos trabalhadores. (Foto: Alcides Neto)

Os vereadores de Campo Grande aprovaram ontem o reajuste de 12,58% do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para 2015, além disso o prometido desconto de 25% para pagamento a vista não entrará em vigor. Diante disso, a população reclama do valor do aumento e afirma que o jeito será recorrer ao parcelamento.

Para psicóloga Gisele Vieira Neto, 43, os reajustes que estão ocorrendo em Campo Grande e as dificuldades financeiras são generalizadas e refletem um movimento pós eleição. "Eu sou autônoma, não vou receber 13° salário e pra mim a melhor maneira é parcelar a dívida, caso contrário não consigo pagar", diz.

Ela afirma que o desconto para quem paga a vista não é suficiente. "Não compensa, por que não consigo todo o dinheiro de uma vez só, por isso pagar aos poucos é melhor", afirma Gisele, que acredita que a dificuldade para pagar as contas não acontece só com ela. "Muita gente está nessa situação também, esta tudo muito caro atualmente".

Já a professora municipal Tania Marcia Ferreira, 47, afirma que o reajuste de 12,58% não condiz com a realidade do reajuste dos trabalhadores. "Estamos lutando pra conseguir um aumento de pouco mais de 8%, que já esta garantido em lei e está difícil, e agora vamos ter que arcar com esse aumento de 12%. É muita diferença com o reajuste salarial", diz.

Ela lembra que o reajuste do IPTU não vem sozinho. "Ainda tem o aumento do passe de ônibus e da gasolina. Vou gastar muito mais para ir trabalhar e tem o passe do filho que também está mais caro. Até esse ano eu paguei o IPTU a vista, mas agora não tem mais como, está tudo caro demais", afirma ela que estima que irá pagar mais de R$ 1.000 só de imposto em janeiro.

A empresária Angélica Ruiz, 42, revela que não aguentou a alta carga tributária do Estado e nem a burocracia empresarial e por isso está de mudança para João Pessoa/PB, onde seu filho mora. "Tenho uma loja de calçados e aqui tudo é muito caro e muito difícil, e agora tem esses reajustes. Já fiz as contas e compensa ir embora, vou gastar menos e ganhar mais por lá", diz.

Reajustes - Desde a semana passada, os campo-grandenses receberam três más notícias para o bolso. No dia 30 de outubro, começou a valer o aumento de 3% para a gasolina e 5% para o diesel. Hoje, a tarifa do transporte coletivo da Capital passou de R$ 2,75 para R$ 3, reajuste de mais de 10%. E em janeiro de 2015, o IPTU ficará 12,58% mais caro.

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