Rota Bioceânica vai fortalecer relações comerciais com o Japão
Os principais produtos importados de MS pelo Japão são alimentícios, sendo maioria carne de aves
De olho em tornar Mato Grosso do Sul mais competitivo, intercâmbio através do “Seminário Internacional Mato Grosso do Sul e Japão – Conectando Novos Caminhos” aconteceu esta tarde no Bioparque Pantanal e contou com a presença do embaixador do Japão no Brasil, Teiji Haiashi e do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).
Para Azambuja, as relações de MS com o país asiático podem se estreitar com a efetivação da Rota Bioceânica. “Quando você se torna mais competitivo com os países asiáticos e aí inclui o Japão, você fortalece. Esse é o resultado que nós teremos com consolidação da Bioceânica. Não tenho dúvida que fortalecer essa parceria com o Japão é fortalecer principalmente os produtos produzidos aqui no Mato Grosso do Sul”, sustentou o governador.
Ele lembrou que “o Japão é um dos grandes parceiros comerciais do Mato Grosso do Sul. Só agora nesses 10 meses, praticamente dos dez meses do ano de 2022, nós tivemos aí perto de quase R$ 400 milhões de exportação de produtos sul-mato-grossenses com o Japão”.
Os principais produtos importados pelo Japão são alimentícios, sendo o segundo em carne de aves, quarto em milho e quinto em soja triturada. Já o Brasil importa principalmente peças e acessórios de veículos automotores.
Falando novamente sobre a Rota Bioceânica, o embaixador disse que o corredor é importante para estreitar a relação entre os dois países e que há 20 anos, quando esteve na Argentina, já se falava nesse projeto e que agora é uma realidade. O Japão já tem experiência em corredores bioceânicos com a Ásia e África.
“A comunidade nipo-brasileira é uma importante ponte e parceira. Estou disposto para uma maior cooperação na cultura tradicional e moderna, assim como nos negócios. Há uma longa história de cooperação com o Mato Grosso do Sul, particularmente no setor agrícola. Estou buscando um maior desenvolvimento das relações em áreas como a agricultura de precisão e a soja comestível”, afirmou.
Também presente, a prefeita Adriane Lopes (Patriotas) ressaltou a logística da região por meio da Bioceânica, oficialmente chamada de Rila (Rota de Integração Latino-americana), que possibilitará abertura de mercado com Paraguai, Argentina e Uruguai. A previsão é de injetar R$ 200 milhões na economia em seu primeiro ano de funcionamento e que a Capital será o eixo. “Campo Grande sempre foi o consumidor final, agora com essa integração entre os países, esperamos passar a ser fornecedores, não só para o Estado e Brasil, mas para o mundo”.
Mato Grosso do Sul tem a terceira maior colônia japonesa do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Paraná. Entre os países, o Japão é o quarto parceiro comercial de MS e a comunidade brasileira no Japão é de 200 mil brasileiros.