Volta às aulas impulsiona alta de 0,54% da inflação
Aumento do Ensino Fundamental, de 11,47%; e do Ensino Médio, 10,15%, foram responsáveis pelo crescimento
A inflação do mês de fevereiro em Campo Grande teve alta de 0,54%. No ano, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 1,15% e nos últimos 12 meses, 4,61%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados na Capital, oito tiveram alta no mês passado.
O maior impacto ocorreu na educação, com variação de 6,04%, sendo 0,25 pontos percentuais. Essa é a taxa mais alta desde fevereiro de 2020, quando foi registrada taxa de 5,25%.
O crescimento foi impulsionado pelo aumento do Ensino Fundamental (11,47%); Ensino Médio (10,15%) e cursos regulares (7,25%).
“Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Outros grupos – Em seguida está o grupo da saúde e cuidados pessoais, com aumento de 1,27%, sendo influenciado pela alta dos itens de higiene pessoal (2,86%); perfumes (5,81%); os preços dos produtos para pele subiram 5,39%. O plano de saúde teve alta de 1,12%.
O setor da habitação subiu 0,73%. O destaque ficou por conta da taxa de água e esgoto (1,27%), que teve reajuste de 6,89% desde 3 de janeiro, apresentando o segundo maior impacto no grupo.
O aluguel residencial apresentou índice de 1,00%. As maiores altas de subitens são do sabão em pó (2,69%) e tinta (2,29%). Por outro lado, as quedas são dos subitens: material hidráulico (2,19%); condomínio (1,11%); e cimento (0,34%).
O grupo transportes teve aumento de 0,25%. O grupo acumula alta de 0,85% no ano e queda de 3,76% nos últimos 12 meses.
Em fevereiro, a gasolina foi o produto que mais teve impacto, de 1,57%; do emplacamento e licença (1,27%) e do automóvel novo (0,3%). Em relação às quedas, ficam por conta das passagens aéreas (13,84%); automóvel usado (0,62%); etanol (0,89%); e do óleo diesel (3,95%).
Alimentação e bebidas registraram queda de 0,82%, sendo influenciado pela queda dos preços da alimentação no domicílio (-1,29%).
O preço da carne caiu 2,29%; a batata-inglesa, 19,82%; e o tomate, 14,55%. Do lado dos produtos que mais tiveram alta estão: leite longa vida (1,54%); repolho (30,25%); mamão (8,64%); ovo de galinha (8,24%); e o feijão-carioca (4,02%).