Enem teve 32% de abstenção no 2º dia de provas e questão anulada
A divulgação oficial do gabarito da prova será na próxima terça-feira (14), às 18h (de MS)
O segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) registrou ausência de 32%, equivalente a um em cada três inscritos que não compareceram aos locais de prova. A edição deste ano contou com mais de 3,9 milhões de participantes. A taxa de ausência foi a mesma registrada no segundo dia do Enem 2022.
De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a média histórica de abstenção no Enem gira em torno de um terço dos inscritos, com exceção dos dois primeiros anos da pandemia. Em 2021, a abstenção atingiu o recorde de 55%. Antes disso, o recorde estava em 2009, com 37% de ausência.
O Inep não divulgou as abstenções por Estado até o momento. O primeiro dia de aplicação do Enem, no último domingo (5) registrou 14.004 (29,5%) abstenções em Mato Grosso do Sul, em comparação do número de inscritos com os presentes. Este índice é inferior ao verificado em 2022, quando houve cerca de 15 mil (30%) faltantes.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que, para o próximo ano, aumentar o número de inscrições e reduzir as abstenções estão entre as prioridades. Ele afirmou: "Vamos fazer uma grande avaliação final desse Enem para que possamos, não só ampliar o número de participantes, mas diminuir esse percentual [de ausência], apesar de, historicamente, ter sido esse o percentual."
No segundo dia de provas, que abordou conhecimentos de ciências da natureza e matemática, 2.217 participantes foram eliminados por diversos motivos, incluindo o porte de equipamentos eletrônicos ou material impresso, e o não cumprimento das orientações dos fiscais. Além disso, 859 problemas logísticos foram registrados, como emergências médicas, interrupção temporária de luz ou problemas de abastecimento de água.
O presidente do Inep, Manuel Palácios, avaliou que o dia de prova transcorreu dentro da normalidade, com poucos incidentes. No entanto, uma questão sobre a gripe causada pelo vírus H1N1 foi anulada por falta de ineditismo, pois já havia sido aplicada em uma edição do Enem para pessoas privadas de liberdade em 2010.
O vazamento de uma foto de um dos cadernos da prova foi novamente identificado, ocorrendo às 17h, uma hora antes do horário permitido para sair com a prova impressa. A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso, mas o ministro da Educação assegurou que o vazamento não prejudicou a aplicação do Enem.
Os estudantes que se sentiram prejudicados podem solicitar a reaplicação da prova até 17 de novembro através da Página do Participante. A reaplicação ocorrerá nos dias 12 e 13 de dezembro para aqueles que enfrentaram problemas logísticos, doenças infectocontagiosas ou foram alocados a uma distância superior a 30 quilômetros da residência informada na inscrição.
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