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Educação e Tecnologia

Governo Federal promete medidas para encerrar greve em instituições federais

UFMS, IFMS e UFGD estão entre as instituições afetadas pela paralisação nacional

Por Jhefferson Gamarra | 16/04/2024 14:53
Faixa de protesto colocada em uma unidade do IFMS em Campo Grande (Foro: Marcos Maluf)
Faixa de protesto colocada em uma unidade do IFMS em Campo Grande (Foro: Marcos Maluf)

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira (16) que o Governo Federal está preparando recursos adicionais para atender às demandas dos servidores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais, que atualmente estão em greve em diversas partes do país.

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e UFGD (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) estão entre as instituições afetadas, com servidores técnico-administrativos e professores unidos em busca de melhorias salariais e na carreira.

Na UFMS, a mobilização teve início em 3 de abril, com adesão parcial em diversas unidades do estado. Os servidores reivindicam a reestruturação da carreira e a recomposição salarial, ressaltando a defasagem salarial acumulada ao longo de mais de 10 anos. As manifestações incluíram apresentações culturais e a entrega de panfletos, incluindo protestos durante a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Campo Grande.

No IFMS, a suspensão total de atividades em Campo Grande foi estendida até a próxima sexta-feira (19), em solidariedade à greve nacional que busca melhorias salariais e na carreira para professores e técnicos administrativos. A adesão é significativa, com destaque para a alta participação em Corumbá.

Já na UFGD, os servidores administrativos completam um mês de greve, demandando reajuste salarial e valorização profissional. A mobilização, que conta com amplo apoio, visa pressionar o governo a apresentar propostas concretas de negociação.

Ministro da Educação, Camilo Santana, durante discurso na comissão no Senado (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
Ministro da Educação, Camilo Santana, durante discurso na comissão no Senado (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Durante uma reunião da Comissão de Educação do Senado, o ministro afirmou que o governo está comprometido em negociar com os servidores e buscar soluções para encerrar o movimento grevista. Ele destacou que o MEC (Ministério da Educação) não possui margem no orçamento para aumentar as propostas para os servidores por conta própria, e que qualquer incremento será viabilizado por meio de uma complementação orçamentária.

O ministro não antecipou o valor dos recursos adicionais que serão destinados aos professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino, explicando que essa informação será divulgada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, responsável pela negociação com os servidores.

Camilo Santana ressaltou que o governo concedeu um reajuste de 9% para toda a administração pública no primeiro ano, após seis anos sem aumento, e expressou sua preocupação com os impactos negativos da greve para o país e para os alunos. Ele enfatizou que a greve é vista como uma medida extrema, quando não há mais espaço para o diálogo ou para melhorias nas negociações.

A expectativa é que uma nova proposta seja apresentada na sexta-feira (19), visando atender às reivindicações dos servidores e buscar uma solução que permita o retorno das atividades nas instituições de ensino afetadas pela paralisação.

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