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Secretário "profetiza" o caos com saída de Bernal

Edivaldo Bitencourt | 13/03/2014 06:00

Atirando – No discurso de defesa, Alcides Bernal adotou a tática de cair atirando. Ele atacou os vereadores, os meios de comunicação e os antecessores. Ele voltou a destacar que só caiu porque não utilizou o dinheiro público para fazer negociatas.

Esqueceu – O ex-prefeito esqueceu de mencionar as investigações feitas pelo MPE (Ministério Público Estadual) de enriquecimento ilícito e três ações por improbidade administrativa. Ele ainda enfrenta outras investigações feitas pelos três promotores de Defesa do Patrimônio Público.

Desespero – Ao saber que perdeu apoio até dos fieis aliados, o ex-prefeito partiu o desespero. Citou e até elogiou vereadores de oposição na esperança de conquistá-los na última hora e evitar a cassação. “Vamos mudar a história”, repetiu.

Até Puccinelli – Após citar e atacar os antecessores, Bernal encontrou tempo até para elogiar o governador André Puccinelli (PMDB). Ele disse que o peemedebista até aprendeu nos últimos sete anos e vem fazendo uma boa gestão.

Sumido – Aliado de Bernal desde a campanha eleitoral, o senador Delcídio do Amaral (PT) sumiu de Campo Grande. Ele nem ligou nem tentou articular meios para salvar o mandato do progressista.

Nova empresa – A CCR decidiu criar uma nova empresa para assumir a gestão da BR-163. A MS Via vai investir R$ 3,4 bilhões nos primeiros cinco anos e deverá contratar 4 mil pessoas. A expectativa é que o pedágio comece a ser cobrado em setembro de 2015.

Coalizão – O novo prefeito, após a cassação de Bernal, Gilmar Olarte (PP), adota um novo estilo de gestão. Ele deverá implementar um governo de coalizão, em parceria com todos os partidos.

Dia histórico – Bernal vai ficar para a história por ser o primeiro prefeito a ser cassado em 115 anos de Campo Grande. Ele repetiu a façanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que assumiu a presidência da República como salvador da pátria e foi cassado por corrupção.

Puxa fila – O secretário municipal de Administração, Ricardo Ballock, foi o primeiro a deixar a Câmara Municipal. Ele nem esperou a votação ser concluída para abandonar o barco e dar a batalha por perdida.

Profeta – Ainda nem entregou o cargo, o superintendente municipal de Comunicação, Djalma Jardim, deixou a sessão da Câmara, no início da madrugada de hoje, profetizando o caos. Ele disse que a situação vai piorar. “Vai virar um caos”, previu, apostando no quanto pior melhor para o povo sentir saudades do prefeito cassado.

(colaboraram Kleber Clajus, Zana Zaidan e Leonardo Rocha)

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