ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 28º

Artes

Quadro apreendido volta a ser exposto com nova classificação etária

Renata Volpe Haddad e Izabela Sanchez | 16/09/2017 16:20
Quadro voltou a ser exposto, às 13h deste sábado (16). (Foto: Marina Pacheco)
Quadro voltou a ser exposto, às 13h deste sábado (16). (Foto: Marina Pacheco)

Após grande polêmica, o quadro apreendido pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (14) voltou a ser exposto no Marco (Museu de Arte Contemporânea), localizado no Parque das Nações Indígenas, na tarde deste sábado (16), com classificação etária.

A obra foi devolvida pelo delegado Fábio Sampaio para o secretário de Cultura e Cidadania, Athayde Nery, ontem (15), para que ele fosse fiel depositário, porém, a obra não voltaria a ser exposta, só apenas depois de decisão judicial.

Nery explicou ao Campo Grande News que conversou com os deputados Paulo Siufi (PSC) e Herculano Borges (SD), para que o quadro pudesse voltar a ser exposto. "O que faltava era diálogo. Conversamos e entendemos que a exposição da artista mineira Alessandra Cunha, precisava de uma classificação etária e foi isso que fizemos, colocamos na porta do Marco que só maiores de 18 anos podem visitar as obras da artista", explica.

O quadro voltou ao museu às 13h. No local, funcionários contaram que o movimento continua normal, sem grandes curiosos depois da polêmica. Porém, depois do que foi noticiado, o diagramador Altidor Garcia, 46, aproveitou a folga de hoje para conhecer o quadro polêmico. "Eu olhei para o quadro e não vi algo tão impactante a ponto de tirar a obra do museu. Acredito que esse tipo de exposição da arte é válida para discutir a questão da violência", afirma.

Elaine é arte educadora e disse que exposição é importante para chamar atenção das pessoas com relação ao crime sexual.  (Foto: Marina Pacheco)
Elaine é arte educadora e disse que exposição é importante para chamar atenção das pessoas com relação ao crime sexual. (Foto: Marina Pacheco)

A arte educadora Elaine Weis, 41, também visitou o Marco nesta tarde. Ela diz que não é todo adolescente que tem condições de entender a mensagem que a artista tenta passar, mas que a exposição é importante. "Eu não conhecia as obras dela e vim para entender melhor, mas vi realmente que não tem apologia à pedofilia. Vejo uma exposição expressiva contra os mal tratos e a violência", comenta.

O deputado Paulo Siufi, alega que a preocupação dele era com as crianças e os adolescentes, já que a classificação etária da exposição estava a partir de 12 anos. "Eu não tenho nada contra a artista e nem a conheço, mas como deputado, eu me preocupo com as crianças, não tinha classificação. Agora, como classificaram com 18 anos, eu não vejo problema em continuar exposto no Marco".

Nos siga no Google Notícias