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Diversão

Musical de Delinha emociona até quem já viu história de perto

Mais de 50 atores e cinco músicos sobem ao palco para encenar a vida do ícone sul-mato-grossense

Por Aletheya Alves | 17/10/2023 07:11
"Delinha: o musical" teve sua estreia nesta segunda-feira (16), no Teatro Glauce Rocha. (Foto: Aletheya Alves)
"Delinha: o musical" teve sua estreia nesta segunda-feira (16), no Teatro Glauce Rocha. (Foto: Aletheya Alves)

Durante duas horas, a trajetória da “Dama do Rasqueado” ganha luzes, cores, vozes e muita emoção no palco do Teatro Glauce Rocha. Tendo estreado nesta segunda-feira (16), “Delinha: o musical”, dirigido por Fernandes Ferreira, conseguiu encantar e animar mais uma vez até quem já participou e viu de perto a história da cantora.

Cheio de gente, assim como era a vida de Delinha, o espetáculo é composto por mais de 50 atores, bailarinos e músicos no palco. Além disso, mais 30 pessoas integram a equipe técnica e de produção para dar vida ao roteiro de 98 páginas.

Dividido em dois atos, separados por um intervalo de dez minutos, o musical conta a trajetória de Delinha partindo da primeira infância, quando morava em Vista Alegre, distrito de Maracaju, até seu falecimento em Campo Grande.

E, longe de ser cansativa, a narrativa conseguiu emocionar e manter viva a plateia durante todo seu desenvolvimento. Prova disso foi que o aviso do diretor ao início do espetáculo, de que o público poderia se unir às vozes do palco, foi concretizado com palmas, gente entoando as canções e marejando os olhos com as lembranças.

Amiga de infância de Delinha, Ivanir se emocionou durante o espetáculo. (Foto: Aletheya Alves)
Amiga de infância de Delinha, Ivanir se emocionou durante o espetáculo. (Foto: Aletheya Alves)

“Hoje está difícil, estou me segurando para não chorar”, contou Ivanir Moreira Soares Samegina, amiga de infância de Delinha e integrante do Duas Damas e um Valete, trio que iniciou a vida musical da Dama do Rasqueado composto pelas duas mulheres e Délio.

Sem ter conseguido realmente segurar a emoção, Ivanir acompanhou atenta ao espetáculo, cantou praticamente todas as músicas e se viu chorando mesmo já tendo acompanhado a história real de perto. Aprovando o texto, ela conta que sua mãe, Neide, fazia questão de tomar o “mate” diariamente com Chiruca, mãe de Delinha, e que a amizade era mesmo familiar.

“Ficou bonito demais”, resumiu sobre o que sentiu durante a apresentação. Tendo deixado o Brasil por um tempo, Ivanir comenta que retornou há cerca de 15 anos e conseguiu manter a proximidade tanto com Delinha quanto com João Paulo Pompeu, o filho da artista.

Ao todo, espetáculo conta com 15 músicas durante a narrativa. (Foto: Aletheya Alves)
Ao todo, espetáculo conta com 15 músicas durante a narrativa. (Foto: Aletheya Alves)

Também encantando, João acompanhou o resultado do que chamou de “gestação” com orgulho nos olhos. “É uma alegria ver a vida da minha mãe no musical. Foi um trabalho muito intenso do pessoal do Arrebol Cultural, eles foram várias vezes em casa para consultar sobre a vida dela e ficou lindo”.

Para ele, trazer a vida da mãe mais uma vez para destaque tem sido um novo ponto de importância. Isso porque, além de valorizar a trajetória de Delinha, há também um empenho para o novo projeto de transformar a Velha Casinha em centro cultural (veja aqui sobre).

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Deus é muito bom e faz as coisas no momento certo. Estamos no processo para tentar transformar a Velha Casinha, queremos abrir as portas para as pessoas que sempre gostaram da minha mãe e isso aconteceu justo agora no período do musical, diz João.

O musical

Criado e dirigido por Fernandes Ferreira com texto dramático de Mauro Rocha Mathias, o musical é realizado pelo Arrebol Cultural, projeto de extensão da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Ao todo, 15 músicas fazem parte da narrativa, indo desde “Por Onde Andei” e “Pé de Manacá” até “Velha Casinha” e, claro, “O Sol e a Lua”.

“É um privilégio poder contar essa história, coube a nós contar no teatro. Outras pessoas já contaram em documentário e livros, então coube a gente contar e a gente quis fazer isso em um musical, que é minha grande paixão. Mas, além disso, Delinha era música, a vida dela era a música, então tinha de ser um teatro musical”, explica Fernandes sobre a produção do espetáculo.

Já tendo apresentado outras peças como Mamma Mia e Cargas D’água, o diretor comenta sobre a importância de trazer o primeiro espetáculo regional. “Nós viemos produzindo musicais e, agora, a gente faz um regional sobre a vida da Delinha. É um privilégio e uma responsabilidade porque é uma história muito conhecida, a vida dela ainda está muito presente”.

Mais de 50 artistas estão envolvidos na produção do musical regional. (Foto: Aletheya Alves)
Mais de 50 artistas estão envolvidos na produção do musical regional. (Foto: Aletheya Alves)

Pensando na presença de Delinha, o diretor detalha que a narrativa foi composta por muitas verdades e também momentos de ficção. E, para isso, foi necessário levar um batalhão de pessoas para o palco.

“É uma oportunidade para darmos a esses jovens artistas que querem fazer teatro musical, não são muitas as oportunidades. O espetáculo permitiu esse grande número de pessoas, até porque Delinha vivia no meio de muita gente nas festas”, completa o diretor.

Ingressos disponíveis

Seguindo em cartaz, o espetáculo ainda possui ingressos disponíveis para hoje (17) e quinta-feira (19). Os valores variam entre R$ 75, na meia-entrada, e R$ 147 para a inteira (clique aqui para garantir o ingresso).

O musical está sendo apresentado no Teatro Glauce Rocha, localizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

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