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Meio Ambiente

Caiman reabre com proposta de "turismo regenerativo" com diária de R$ 5 mil

Pelo valor, turistas podem plantar árvores, alimentar as espécies e contribuir com outras ações de preservação

Por Jéssica Fernandes | 02/10/2024 10:45
Estudantes da Fazenda Caiman durante passeio entre as árvores nativas. (Foto: Fernando Faciole)
Estudantes da Fazenda Caiman durante passeio entre as árvores nativas. (Foto: Fernando Faciole)

O turismo regenerativo é a nova proposta da estância Caiman para recuperar a fauna e a flora após a temporada dos incêndios que atingiram o Pantanal. A iniciativa envolve a participação ativa dos hóspedes no plantio de mudas e a suplementação das espécies pelo valor de R$ 5.360 a diária para duas pessoas.

Localizado em Miranda, a 208 km de Campo Grande, o refúgio ecológico teve 80% da área queimada, o que levou à suspensão das atividades envolvendo o público por dois meses. A suspensão foi anunciada no dia 8 de agosto e chegou ao fim no dia 29 de setembro.

Com a reabertura, os hóspedes que visitarem a estância nessa etapa de turismo regenerativo poderão plantar mudas de manduvi, acuri, bocaiuva,  piúva, ximbuva e outras espécies nativas contribuindo com o projeto que deve espalhar 1500 mudas pela propriedade. Para fazer isso, uma das técnicas utilizadas serão as “bombas de semente” que podem ser montadas pelos hóspedes.

Profissional supervisiona ninhos de araras montados em Miranda, na estância. (Foto: Fernando Faciole)
Profissional supervisiona ninhos de araras montados em Miranda, na estância. (Foto: Fernando Faciole)

 A proposta também inclui a suplementação alimentar de espécies que residem no refúgio, como onças, araras, tucanos, tamanduás-bandeira, macacos, antas e outras, além de visitas programadas aos refúgios que estão em construção. A iniciativa em prol da biodiversidade também inclui o meliponário onde os visitantes terão a oportunidade de espalhar caixas de diferentes espécies de abelhas.

Conforme comunicado nas redes sociais, as ações serão desenvolvidas “entre um passeio e outro” pelo refúgio que ocupa 53 mil hectares no Pantanal. A diária de R$ 5.300 por noite para duas pessoas dá acesso à pensão completa com café da manhã, almoço, lanches, jantar, passeios no safáris, na canoa canadense, trilhas na mata, sendo todos acompanhados por guia bilíngue e guia de campo.

Em relação ao valor, a reportagem apurou que o preço é o mesmo cobrado dos hóspedes independente da adesão às ações do turismo regenerativo. Uma outra opção oferecida pelo refúgio é a adesão de R$ 500 ao valor total da diária. A quantia é uma contribuição ambiental destinada à manutenção dos projetos de conservação desenvolvidos pela Caiman.

Macaco-prego em área de suplementação do refúgio ecológico. (Foto: Fernando Faciole)
Macaco-prego em área de suplementação do refúgio ecológico. (Foto: Fernando Faciole)

Em outra publicação feita nas redes sociais, a gerente de operações, Luciana Fabbri, comentou que nesse novo capítulo o refúgio segue com a missão de preservar o bioma.

“Regenerar, mostrar e fazer desse grande laboratório algo que possa ser replicado para todos. Vamos testar, trazer os turistas e falar: 'Vamos fazer juntos?' Quem quiser estar ali plantando, regenerando áreas conosco, entender como está sendo a alimentação, estar observando esses bichos, como estão reagindo, se recuperando. A Caiman vai dar mais esse passo”.

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