Caiman reabre com proposta de "turismo regenerativo" com diária de R$ 5 mil
Pelo valor, turistas podem plantar árvores, alimentar as espécies e contribuir com outras ações de preservação
O turismo regenerativo é a nova proposta da estância Caiman para recuperar a fauna e a flora após a temporada dos incêndios que atingiram o Pantanal. A iniciativa envolve a participação ativa dos hóspedes no plantio de mudas e a suplementação das espécies pelo valor de R$ 5.360 a diária para duas pessoas.
Localizado em Miranda, a 208 km de Campo Grande, o refúgio ecológico teve 80% da área queimada, o que levou à suspensão das atividades envolvendo o público por dois meses. A suspensão foi anunciada no dia 8 de agosto e chegou ao fim no dia 29 de setembro.
Com a reabertura, os hóspedes que visitarem a estância nessa etapa de turismo regenerativo poderão plantar mudas de manduvi, acuri, bocaiuva, piúva, ximbuva e outras espécies nativas contribuindo com o projeto que deve espalhar 1500 mudas pela propriedade. Para fazer isso, uma das técnicas utilizadas serão as “bombas de semente” que podem ser montadas pelos hóspedes.
A proposta também inclui a suplementação alimentar de espécies que residem no refúgio, como onças, araras, tucanos, tamanduás-bandeira, macacos, antas e outras, além de visitas programadas aos refúgios que estão em construção. A iniciativa em prol da biodiversidade também inclui o meliponário onde os visitantes terão a oportunidade de espalhar caixas de diferentes espécies de abelhas.
Conforme comunicado nas redes sociais, as ações serão desenvolvidas “entre um passeio e outro” pelo refúgio que ocupa 53 mil hectares no Pantanal. A diária de R$ 5.300 por noite para duas pessoas dá acesso à pensão completa com café da manhã, almoço, lanches, jantar, passeios no safáris, na canoa canadense, trilhas na mata, sendo todos acompanhados por guia bilíngue e guia de campo.
Em relação ao valor, a reportagem apurou que o preço é o mesmo cobrado dos hóspedes independente da adesão às ações do turismo regenerativo. Uma outra opção oferecida pelo refúgio é a adesão de R$ 500 ao valor total da diária. A quantia é uma contribuição ambiental destinada à manutenção dos projetos de conservação desenvolvidos pela Caiman.
Em outra publicação feita nas redes sociais, a gerente de operações, Luciana Fabbri, comentou que nesse novo capítulo o refúgio segue com a missão de preservar o bioma.
“Regenerar, mostrar e fazer desse grande laboratório algo que possa ser replicado para todos. Vamos testar, trazer os turistas e falar: 'Vamos fazer juntos?' Quem quiser estar ali plantando, regenerando áreas conosco, entender como está sendo a alimentação, estar observando esses bichos, como estão reagindo, se recuperando. A Caiman vai dar mais esse passo”.
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