Cheia na planície pantaneira pode ser influenciada por seca do ano passado

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária) Pantanal realizou a primeira avaliação do comportamento do pulso das águas na planície pantaneira para o ano de 2011, tomando como base o Modelad (Modelo de Previsão de Cheia em Ladário), um programa de monitoramento das cheias e vazantes do rio Paraguai que tem como parâmetro as informações da régua centenária de Ladário, cedidas pela Marinha do Brasil.
No ano passado a região do Pantanal passou por uma estiagem prolongada, tendo o pico da cheia de 4,36 metros em 22 de junho. Já o nível mínimo registrado no rio Paraguai, atingido no início de novembro, permaneceu na cota de 1 metro até meados de janeiro.
Há pelo menos 11 anos que o rio não ficava estável em seu nível mínimo por um período tão longo. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, Ivan Bergier, isto pode estar relacionado com a seca prolongada ao longo do ano passado.
Ainda segundo o pesquisador, os fatores que determinaram a cheia deste ano estão relacionados ao estado atual da água na planície pantaneira e, também, a quantidade de precipitação ao longo do período chuvoso, que vai de outubro a março.
No final de fevereiro a Embrapa Pantanal, que fica em Corumbá, divulgará nova previsão preliminar de cheia do rio Paraguai. (Com informações da assessoria).