Com falta de chuva, MS aposta em ações preventivas contra incêndios
Níveis dos rios estão mais baixos que ano passado e ações preventivas ajudam no controle dos focos de calor
O governo de Mato Grosso do Sul está apostando em medidas preventivas para evitar queimadas como as registradas em 2020. Com os níveis dos rios abaixo do registrado no mesmo período ano passado, somado a falta de chuvas, a situação no Estado é considerada grave pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
No começo do mês, o Estado decretou situação de emergência em MS por seis meses em razão da estiagem e dos incêndios florestais. Os decretos possibilitam solicitação de seguro agrícola pelos produtores rurais por conta das perdas registradas pela falta de chuvas.
Na análise do titular da Semagro, Jaime Verruck, a crise hídrica em MS é grave, já que o nível dos rios está muito abaixo do que foi registrado no mesmo período ano passado, resultado da falta de chuva. Por isso, o Estado tem apostado nas medidas preventivas como orientar os produtores rurais, motoristas e pantaneiros para evitar as queimadas este ano.
"Na Bacia do Paraná, a situação é bastante complexa. Hoje, a água está sendo reservada para geração de energia, o que causa consequências para outros setores que precisam dessa água, como é o caso da irrigação e do abastecimento urbano”, disse Verruck.
“A preocupação, nesse momento, é também com o abastecimento urbano. Estamos preocupados em como manter o abastecimento na cidade, principalmente, na região do Pantanal. Obviamente, não temos controle sobre a questão das chuvas, mas é fundamental que a gente adote medidas de prevenção e mitigação”, completou.
Sobre os incêndios florestais no Pantanal, o secretário destacou que o Estado está adotando uma série de medidas preventivas. Ao todo, foram disponibilizados R$ 180 milhões em linhas de financiamentos para que os pantaneiros mantenham seus rebanhos.
Conforme dados do Cicoe (Centro Integrado de Coordenação Estadual), mesmo com a baixa umidade e alta temperatura na região, os focos de calor reduziram 55% em comparação a 2020.
“Os relatórios apresentados [na reunião] mostram a eficiência das medidas que vêm sendo tomadas, porém o cenário para os próximos três meses que nos foi relatado, com ocorrências de geadas, nível seco, chuvas abaixo da média histórica, isso tudo nos mantém em alerta”, avalia Jaime Verruck, que é também presidente do Cicoe.
Relatório do Corpo de Bombeiros aponta que, em 2021, os incêndios têm sido apagados mais rapidamente do que em 2020 – ano em que foram registradas 2.751 ocorrências de incêndios no período de janeiro a julho.
Ainda conforme o relatório, em 2021, o número de focos de incêndios já chegou a 3.244 no mesmo período, o que, segundo a secretaria, mostra que “os focos surgem, porém são rapidamente debelados, evitando que se transformem em incêndios de grandes proporções”.
No Estado, todos os tipos de queimadas estão proibidos até 30 de outubro.
(Com informações Agência Brasil).