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Meio Ambiente

Contra estresse e pela saúde, sucuri Gaby curte banho de sol no Bioparque

Manejo é realizado duas vezes por semana para que o animal entre em contato com a natureza

Silvia Frias | 01/02/2023 06:27
Gaby no passeio realizado duas vezes por semana, no Bioparque. (Foto/Divulgação)
Gaby no passeio realizado duas vezes por semana, no Bioparque. (Foto/Divulgação)

Duas vezes por semana a sucuri-verde do Bioparque Pantanal sai de seu tanque no circuito de aquários para tomar banho de sol. Gaby, da espécie Eunectes marinus, é acompanhada por profissionais durante a atividade que faz parte do trabalho de bem-estar aplicado nos animais do complexo de água doce.

A diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, explica que o local adota o conceito adotado por outros zoológicos e aquários. “Antes de tudo, prezamos pela saúde e bem-estar dos animais”.

Animal é levado por equipe para o banho de sol do dia. (Foto/Divulgação)
Animal é levado por equipe para o banho de sol do dia. (Foto/Divulgação)

O banho de sol é uma das etapas do protocolo de manejo da serpente. Para que ele seja feito da forma menos estressante possível para o animal, são aplicadas algumas estratégias, sendo uma delas o condicionamento operante.

“Dentro dessa estratégia nós fazemos com que a Gaby entre e saia sozinha da caixa de transporte que nós levamos até o recinto e depois até o deck, onde acontece seu banho de sol. Esse condicionamento vai ser importante tanto para reduzir o estresse dela quanto para que ela associe essa atividade a algo positivo, facilitando o manejo e proporcionando mais bem-estar”, explica a bióloga-chefe do Bioparque Pantanal, Carla Kovalski.

A bióloga Adrieli Marcacini também acompanha o banho de sol da sucuri e diz que cada indivíduo tem um comportamento único e necessidades específicas. A profissional também detalha os benefícios da atividade. “Além dela ter esse contato diretamente com o sol, outra coisa muito importante é o contato com a natureza de um modo geral, num ambiente externo, um pouco mais aberto, onde ela tem diferentes estímulos, sonoros, visuais, olfativos. Com tudo isso ela consegue expressar um comportamento mais natural”.

O protocolo que está sendo desenvolvido servirá de embasamento para profissionais de empreendimentos da mesma natureza na prática de bem-estar animal.

Profissionais envolvidos no manejo receberam capacitação. (Foto/Divulgação)
Profissionais envolvidos no manejo receberam capacitação. (Foto/Divulgação)

Todos os profissionais envolvidos no trabalho de manejo da sucuri Gaby passaram por capacitações específicas para manejo de serpentes e estão aptos para a prática.

Considerada uma das principais atrações do complexo de água doce, a sucuri Gaby tem aproximadamente 3 metros de comprimento e veio do Pará, após resgate. Hoje ela está adaptada ao novo ambiente sob cuidados humanos e condicionada, voltar para a natureza seria um risco, como assegura Carla Kovalski. “Poderia ser uma presa fácil e ter dificuldades para caçar, mas aqui nós sempre estimulamos os comportamentos natural dela, para que se sinta bem”.

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