Cota Zero fortalecerá pesca profissional, diz secretário em reunião
Secretário-adjunto da Semagro se reuniu com representantes do setor nesta segunda-feira em Campo Grande.
A proposta de Cota Zero para a pesca amadora em Mato Grosso do Sul permitirá a recuperação dos estoques pesqueiros e fortalecerá o pescador profissional. É o que disse o secretário-adjunto da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna, em reunião nesta segunda-feira (4) com integrantes da Fepeams (Federação de Pescadores e Aquicultores do Estado) e representantes de 14 colônias.
O secretário-adjunto também afirmou que o governo pretende liberar a pesca do curimba, espécie considerada de segunda, a pedido da categoria.
“Não vamos acabar com a pesca profissional, pelo contrário, garantindo a esse pescador uma renda digna, que ele tenha novas alternativas de comercialização por meios regulatórios, como os entrepostos, além de ser capacitado para trabalhar com tanque-rede, de monitor ambiental ou guia de pesca no período de defeso”, afirmou.
O Estado iniciou diálogo com a categoria e reuniões ainda estão sendo realizadas para formatar uma proposta de consenso, antes que a nova legislação entre em vigor.
“Estamos discutindo três pontos, redução da cota para 5 kg e mais um exemplar esse ano; cota zero a partir de 2020, e um exemplar para o pescador amador consumir no barco, na pousada, na cidade onde pesca, não podendo transportar nenhuma espécie fora do destino sem nota fiscal”, disse.
Durante a reunião em Campo Grande, Senna disse que o objetivo é fomentar a pesca esportiva, hoje a 6ª atividade esportiva mais praticada no Brasil. “Não vamos esperar acabar o peixe para uma tomada de atitude, que é a preservação”, afirmou.
A secretária-executiva da colônia de Miranda, Janete Corrêa, disse ser favorável a medida. “A notícia da cota zero nos chegou truncada, mas agora, da forma como foi colocada, nos dá tranquilidade. Acho que estamos no caminho que todos queremos, vamos ter mais peixe nos rios e ainda temos a possibilidade de pescar a curimba”, comentou Janete.