Ninguém teve culpa de fuga de onça-pintada do Cras, define sindicância
Resultado saiu um ano depois do episódio, que acabou resultando em liberdade para o felino
Não houve falha dos funcionários do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) em Campo Grande no episódio de fuga do local de uma onça-pintada, que conseguiu escapar duas vezes da jaula. É o que definiram os responsáveis pela sindicância à aberta na época, cujo resultado foi publicado hoje, quase um ano depois.
O despacho do diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), Carlos Alberto Negreiros Said Menezes, informa que, diante das provas colhidas e analisadas, a conclusão é de que não houve “ação ou omissão de servidor público integrante do quadro de pessoal do órgão que colaborasse para a fuga da onça-pintada do Cras. O processo administrativo foi arquivado.
O animal fugiu duas vezes do Cras. A primeira delas no dia 29 de outubro do ano passado. Quase dois meses depois, foi recapturada, mas conseguiu fugir de novo apenas dois dias depois.
À época da primeira fuga, a informação é de que um buraco feito por uma anta abriu caminho para o felino escapar. Na segunda fuga, foi a própria onça, conforme informado pelo Cras, que conseguiu romper as grades da jaula com as unhas e dentes.
Recapturada dois meses depois, ela foi colocada em uma jaula reforçada, e depois disso, não fugiu mais.
De volta à naturezaO episódio, que fez a onça ficar famosa e ganhar torcida pela liberdade, produziu uma ação inédita envolvendo felinos no País.
A onça-pintada do Cras foi o primeiro animal do tipo a ser reintroduzido na natureza, após ser encontrada sozinha em uma fazenda de Ribas do Rio Pardo. Ela foi solta em agosto deste ano e está sendo monitorada por um rádio-colar.