Passeando pelo Vivendas do Parque, tamanduá perdido preocupa moradores
Segundo moradores, o animal está sendo visto com ferimento nas garras; PMA diz que ele está no habitat natural
Tamanduá-bandeira tem sido visto com frequência por moradores do bairro Vivendas do Parque, em Campo Grande. Eles acreditam que o animal esteja “perdido”, ferido nas patas e temem que seja atropelado, já que as vias são movimentadas em determinados horários do dia.
Preocupados com o bem-estar do mamífero, dizem ter acionado a Polícia Militar Ambiental e outros órgãos de proteção animal, mas alegam não terem sido atendidos. Uma outra preocupação dos moradores é de que o local não possui água para que o tamanduá se hidrate.
O vídeo, gravado por Cleusa Martins, um das moradoras, mostra o bicho atravessando uma das ruas de terra do bairro. Ela explica que o animal sempre é visto na Rua Londrina ou Rua Ernesto Bernard.
"Esse tamanduá vive rondando há uns três anos, antigamente não me preocupava muito, mas agora não tem tanto mato. Fico com medo de ser atropelado. Antes eles eram três, eu nunca vi ele nessa parte". De acordo com a ela, a pata dele está machucada.
"Não sei o que aconteceu, não sei se quebrou, se foi atropelado ou caiu em armadilha. As unhas estão pra cima. As garras estão assim. Aqui tem muito bichos, mas está diminuindo. Não vão fazer nada, ver a situação do bicho, é lamentável."
O registro foi parar no grupo Amigos do Parque, associação que trata as questões ambientais na área do Parque dos Poderes. A reportagem consultou o Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) sobre a presença do animal no local. Em resposta, o fundador e coordenador do projeto Bandeiras e Rodovias do instituto, Arnaud Desbiez, disse que ele deve morar na região.
“Realmente não há necessidade de remoção desse indivíduo. Ele está em uma área de vegetação e parece saudável. O tamanduá pode ter uma área de dispersão de até 100 km. Provavelmente ele vive nessa região."
A posição também foi sustentada pela PMA (Polícia Militar Ambiental (PMA). Até esta terça-feira (26), o departamento informou não ter recebido nenhum chamado sobre o animal.
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