ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
JANEIRO, SEGUNDA  27    CAMPO GRANDE 22º

Na Íntegra

Otimista, chefe do Garras garante: “nenhuma facção domina Mato Grosso do Sul”

Delegado Guilherme Scucuglia participou do "Na íntegra Podcast" e contou como é atuação da delegacia no Estado

Por Bruna Marques | 22/07/2024 06:29

Diante do cenário de guerra entre facções, dentro e fora dos presídios de Mato Grosso do Sul, o delegado titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), Guilherme Scucuglia, garante que nenhuma delas tem força para dominar o Estado e que a segurança pública está preparada para enfrentar o crime organizado.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O delegado Guilherme Scucuglia, responsável pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras) em Mato Grosso do Sul, afirmou que nenhuma facção criminosa domina o estado, destacando a eficácia das forças de segurança na luta contra o crime organizado. Ele mencionou a complexidade do trabalho policial, que deve seguir estritamente as leis, em contraste com a flexibilidade das ações dos criminosos. O delegado também abordou a crescente ameaça do "Novo Cangaço Digital", onde bandidos utilizam tecnologia para roubar grandes quantias de dinheiro, como os R$ 1,5 milhão subtraídos de uma instituição financeira em Campo Grande. Além disso, ele ressaltou que, apesar de os sequestros não serem comuns atualmente, a equipe do Garras tem conseguido resolver casos dessa natureza com sucesso.

Em entrevista ao Podcast Na Íntegra, quando questionado se quem manda no Estado é o PCC (Primeiro Comando da Capital) ou o Comando Vermelho, Guilherme afirmou que “Nenhuma organização criminosa domina o nosso estado. A atuação policial que é feita entre todas as forças oriundas da segurança pública, se empenha para que essa dominação do crime organizado não ocorra”.

Entretanto, o titular declarou que as facções estão ramificadas em todos os lugares e vez ou outra, os policiais tem que trabalhar de forma dura para que os grupos não se alastrem. “É uma situação complexa, porque nós policiais trabalhamos segundo as leis e os criminosos trabalham segundo as regras deles que são muito mais flexíveis do que as nossas. O nosso inimigo tem muito mais meio de fazer o trabalho dele se desenvolver, do que nós, falando legalmente”, disse.

Segundo o delegado, a lei do criminoso é mais flexível do que a lei legal. “O criminoso pode investigar, aplicar a pena e a sentença tudo no mesmo momento, nós não. Se sabemos que um criminoso é vinculado a uma organização criminosa, temos que fazer todo um trabalho investigativo para que isso fique demonstrado e ele responda criminalmente”.

Além disso Guilherme pontuou que Mato Grosso do Sul é estruturado, motivo que torna o Estado eficaz nas ações policiais. “É um estado consideravelmente seguro e eu julgo que isso seja pela qualidade da nossa segurança pública, nós temos policiais que são vocacionados para isso”.

Cangaço Digital – Pelo decreto estrutural da Polícia Civil, o Garras tem a função de investigar todo e qualquer tipo de crime contra instituições financeiras, em casos de roubos ou furtos qualificados. Diante disso o delegado contou que no ano passado, um furto conhecido na doutrina policial, como “Novo Cangaço Digital”, fez com que bandidos acessassem sistemas informáticos de instituições financeira e retirassem valores que em uma ação criminosa armada dificilmente seria possível.

“No caso específico que aconteceu aqui em Mato Grosso do Sul, foram subtraídos aproximadamente R$ 1,5 milhão de uma instituição financeira aqui de Campo Grande. Pela nossa atribuição iniciamos a investigação e a partir de um trabalho muito bem feito das nossas equipes conseguimos identificar não só os envolvidos imediatos como os próprios organizadores da ação, de modo que é uma investigação extremamente complexa, técnica e que demandou a nossa atividade não de operações especiais no âmbito tático, mas precisou sim de conhecimentos técnicos e específicos para que a gente conseguisse lograr êxito”.

Outra área que é de capacidade do Garras são os crimes de sequestros que ocorrem em todo o Estado. Embora seja um delito que não está na “moda”, no ano passado, ao longo do período em que o delegado está a frente da delegacia, casos dessa modalidade foram desvendados pelas equipes.

Curtiu? Siga o Na Íntegra Podcast no YouTube, Facebook e confira os melhores cortes no Instagram, TikTok e Kwai.

Tem sugestão de pauta? Manda pra gente no e-mail naintegra@news.com.br.

Nos siga no Google Notícias