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Política

Alvo de operação da PF, Giroto continua no comando do PR em MS

Lidiane Kober | 13/07/2015 18:45
Após operação, Giroto deixou cargo estratégico no Ministério dos Transportes (Foto: Divulgação)
Após operação, Giroto deixou cargo estratégico no Ministério dos Transportes (Foto: Divulgação)

Um dos alvos da Operação Lama Asfáltica, o ex-deputado federal Edson Giroto continua no comando do PR, em Mato Grosso do Sul. A decisão se deve à confiança dos correligionários na sua inocência.

“Há uma distância muito grande entre investigar e provar e nós estamos mantendo ele (Giroto) na presidência porque acreditamos piamente no que ele diz”, afirmou a deputada estadual Grazielle Machado, filha de Londres Machado, que entregará oficialmente, no dia 10 de agosto, o comando do PR a Giroto.

Ela ressaltou ainda que “não há condenação” contra o correligionário. “Não seremos nós que vamos condenar antecipadamente”, acrescentou.

Giroto foi escolhido para suceder Londres para pavimentar sua candidatura à Prefeitura de Campo Grande. Na época da decisão, ocupava cargo de destaque no Ministério dos Transportes, mas, após a operação vir à tona, ele alegou motivos particulares e deixou o posto.

Empolgado com o projeto político do colega de partido, o deputado estadual Paulo Corrêa, que deverá assumir o comando do PR na Capital, chegou a planejar aliança com o PMDB para disputar a prefeitura. “Seria uma ótima composição, o PMDB poderia escolher uma vice mulher”, comentou, em recente entrevista ao Campo Grande News.

Operação – Desmantelada na última quinta-feira (9), a Operação Lama Asfáltica desviou R$ 11 milhões dos cofres públicos em pelo menos três contratos, no valor de R$ 45 milhões. De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa era “especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais”.

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, como nas casas do empreiteiro João Alberto Krampe Amorim, de Giroto e do ex-secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio De Marco.

No total, a operação apreendeu R$ 210 mil em espécie, R$ 195 mil em cheques, US$ 100 mil e 3 mil euros, além de computadores, documentos e uma obra de arte.

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