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DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 32º

Política

Apoiadores do presidente lotam Afonso Pena para defender "pautas bolsonaristas"

Entre as razões dos atos de hoje, estão defesa do voto impresso, combate ao comunismo e intervenção militar

Lucia Morel, Cristiano Arruda e Mirian Machado | 07/09/2021 12:11
Manifestação congestinou Avenida Afonso Pena. (Foto: Henrique Kawaminami)
Manifestação congestinou Avenida Afonso Pena. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com trajeto que percorreu a Afonso Pena, do Parque dos Poderes até a entrada do CMO (Comando Militar do Oeste) e retornou à via até a Praça do Rádio Clube, ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocupou praticamente toda a principal avenida de Campo Grande.

Entoando os hinos do Brasil e da Independência, o ato movimentou as ruas com buzinaço, gritos de “nossa bandeira jamais será vermelha” e outras frases já conhecidas, que expressavam as razões para os manifestantes saírem de casa neste feriado de 7 de Setembro, como o voto impresso, combate ao comunismo, intervenção militar e impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Formado por ciclistas, motociclistas, motoristas, caminhoneiros e até grupo à cavalo, os manifestantes foram puxados por uma "motociata", que começou no restaurante Yotedy, nos fundos Parque das Nações Indígenas, seguiu pela Avenida Afonso Pena e passou pela Praça do Rádio Clube rumo ao CMO, na avenida Duque de Caxias. O destino final era o retorno à praça, onde lideranças evangélicas realizavam o denominado “Ato pela Liberdade”.

Um dos participantes, o barbeiro Dejair Teodoro Garcia, de 56 anos, esteve com o grupo de ciclistas. “Está na hora do povo acordar para saber em quem votar na eleição. Temos tudo aqui no Brasil: petróleo, ouro, soja, mas muita gente passando fome. O país tá em crise. Precisamos mudar isso. O protesto dará um empurrão pra trocar o povo que está lá”, afirmou.

Presidente do Conselho Estadual de Pastores, Wilton Acosta, relatou que a mobilização dos evangélicos é pela “indignação pelo que está ocorrendo no Brasil”, com o “atropelo do STF” que, segundo ele, solta criminosos e atrapalha a governança do presidente da República.

O evento na praça começou às 10h e terminou por volta das 11h45, e apesar do cunho religioso, o pastor disse que era aberto ao público geral, para que a mensagem alcançasse mais pessoas. Disse ainda que muitos não participaram, porque estavam na carreata que percorreu a Afonso Pena.

A saída dos manifestantes foi por volta das 9h10, do Yotedy, e até por volta das 12h, ainda haviam veículos finalizando o trajeto.

Houve até acessos pela contramão na avenida, entre as ruas Bahia e 13 de Junho. O trecho representa cerca de 600 metros da principal via da Capital e ficou voltado para um único fluxo de veículos que participavam da manifestação pró-Bolsonaro, na manhã desta terça-feira (7).

Os motoristas decidiram invadir o trecho contrário devido ao congestionamento do trânsito. Com isso, o tráfego ficou impedido na faixa sentido Centro/Parque dos Poderes. Os manifestantes aproveitaram para filmar a infração de trânsito alegando que "faltava avenida em Campo Grande para atender a participação de todos". Veja:



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