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Política

CPI não jogou denúncias da JBS para debaixo do tapete, diz Mochi

Presidente da Assembleia citou bloqueio de bens da JBS e possível acordo judicial

Leonardo Rocha | 23/10/2017 12:16
Deputado Junior Mochi, ao lado do deputado Amarildo Cruz (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputado Junior Mochi, ao lado do deputado Amarildo Cruz (Foto: Victor Chileno/ALMS)

O presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi (PMDB), afirmou hoje (23), durante evento na Fiems (Federação das Indústrias do Estado de MS), que a CPI aberta no legislativo não jogou as denúncias sobre a JBS e irregularidades em incentivos, para debaixo do tapete. "Houve investigação que resultou no bloqueio de bens da empresa".

Ele ponderou que os deputados analisaram os cinco termos de acordo entre a empresa e goverbo, e através das notas fiscais, descobriu as irregularidades e falta de investimentos, que posteriormente foram reconhecidas pela JBS. "Eles confessaram, por isso conseguimos o bloqueio (R$ 730 milhões), depois houve a ameaça do fechamento dos frigoríficos".

Mochi contou que a Assembleia teve o cuidado de conversar com os trabalhadores e propor um acordo judicial, que teve começo de conversa na última quinta-feira (19). "Marcamos uma reunião a noite e ficamos até meia-noite conversando, onde coloquei como prioridade, o ressarcimento ao Estado, garantia de empregos, pagamento de fornecedores e retomada dos investimentos".

Acordo - O presidente da CPI, o deputado Paulo Corrêa (PR), adiantou que o acordo deve ser assinado amanhã (24), com a participação de todas as partes envolvidas. "Estará os membros da CPI, governador, representantes dos trabalhadores, dos produtores e Ministério Público e da JBS".

Corrêa disse que hoje já começou a produção da minuta (acordo), mas que o juiz responsável pelo processo, Alexandre Antunes, quer o texto já na versão final, para sacramentar o acordo. "A empresa vai oferecer um bem no valor do bloqueio (R$ 730 milhões), até que se defina quanto vai ser pago e de que forma".

Ele adiantou que no dia 27 de outubro, o deputado Flávio Kayatt (PSDB) apresenta o relatório final da CPI, restando então apenas a apreciação e votação do documento, para encerrar os trabalhos da comissão. "Fizemos nossa parte, que foi investigar e recolher as prova cabíveis".

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