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Política

Defesa de Delcídio vê equivoco em pedido de prisão feito pelo MPF

Michel Faustino | 28/07/2016 18:37
O ex-senador Delcídio do Amaral - sem partido. (Foto: Agência Brasil)
O ex-senador Delcídio do Amaral - sem partido. (Foto: Agência Brasil)

A defesa do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido), informou ao Campo Grande News que o MPF (Ministério Público Federal) teria se equivocado ao denunciar o suposto descumprimento de regras ao STF (Supremo Tribunal Federal), o que poderia levá-lo novamente à prisão.

Para o MPF, Delcídio teria violado as medidas cautelares impostas a ele em troca de liberdade. Na petição, os procuradores afirmaram que ex-senador deixou de comparecer à Justiça quinzenalmente, conforme ficou decido no alvará de soltura e estaria residindo fora de Brasília.

Entretanto, a defesa do ex-senador alega que foi considerado o primeiro acordo de delação premiada homologado em fevereiro deste ano, que tinham regras mais rígidas. Na decisão, o parlamentar teria que permanecer no DF em recolhimento domiciliar enquanto estiver em exercício de mandato.

O argumento é de que, depois de cassado, Delcídio assinou um novo acordo que permite que ele se estabeleça em Campo Grande, São Paulo e Santa Catarina. Atualmente ele reside na Capital sul-mato-grossense.

Mesmo assim, conforme o MPF, o ex-senador deveria comparecer, a cada 15 dias, na 12ª Vara Federal, em Brasília. Até o início de junho, Delcídio deveria ter comparecido pelo menos seis vezes ao local. Ele não foi nenhuma.

Os oficiais de justiça não conseguiram localizá-lo, embora estivesse em “recolhimento domiciliar integral”, de acordo com a decisão de Teori. Ao ser solto, Delcídio informou uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, como seu endereço fixo na cidade.

Em 4 de julho, um oficial de justiça foi ao local. Ele não estava lá. Ninguém morava no local. “Deixei de proceder a intimação de Delcídio Amaral Gomes, segundo o caseiro, que se disse chamar Arlindo, informou que o imóvel não tem moradores e falou que não estava autorizado a dizer quem era o seu proprietário.” O oficial de justiça ainda registrou que duas pessoas testemunharam o ato.

Defesa - Sem citar a manifestação do MPF, espontaneamente a defesa do ex-senador enviou nesta quinta-feira (28) ofício ao ministro para afirmar que Delcídio do Amaral está em sua residência em Campo Grande e só retornará a Brasília no dia 9 de agosto.

Prisão - A prisão do senador foi embasada em uma gravação apresentada à Procuradoria-Geral da República por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo a procuradoria, o senador ofereceu R$ 50 mil por mês para Cerveró e sua família, além de um plano de fuga.

Conforme os procuradores, o objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada. Os fatos ocorreram em uma reunião da qual participaram Bernardo Cerveró, o ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o então senador Delcídio do Amaral.

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