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Política

‘Dei total autonomia ao diretório’, diz André sobre comando do PMDB

Após reunião em casa com lideranças da sigla, ex-governador conversou com à imprensa

Anahi Zurutuza e Kleber Clajus | 16/11/2017 14:06
André Puccinelli abraçado com a filha e deputado federal Carlos Marun atrás (Foto: Marcos Ermínio)
André Puccinelli abraçado com a filha e deputado federal Carlos Marun atrás (Foto: Marcos Ermínio)

Depois da reunião com uma comissão de lideranças do PMDB, o ex-governador André Puccinelli, 69 anos, falou sobre o futuro do partido e possível candidatura. Estava tudo certo para que o ex-chefe do Executivo estadual assumisse o comando da sigla em Mato Grosso do Sul no sábado (18), até que nesta terça-feira (16) ele foi alvo da Operação Papiros de Lama, a 5ª fase da Lama Asfáltica, e acabou preso pela Polícia Federal.

André está livre por força de uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sediado em São Paulo (SP). 

Sobre adiar ou não a convenção do partido, o ex-governador disse que preferiu não se impor. “Os companheiros que vão decidir, dei total autonomia e confiança ao diretório”.

Candidatura - Já sobre a pretensa candidatura ao governo do Estado no próximo ano, Puccinelli disse que se realmente fosse se candidatar, neste momento, a ideia seria cancelada. “Se fosse a candidatura, ela não estaria mantida, porque eu havia dito que eu não queria ser [candidato]”, disse.

Os repórteres insistiram, perguntando sobre como o PMDB iria para as eleições, uma vez que ele era a aposta do partido na disputa pelo Governo do Estado e André respondeu: “é depois do diretório”, se referindo a escolha do novo comando.

Depois da conversa, o ex-governador acompanhou a comissão que foi até o apartamento dele até o portão do prédio onde mora, na rua Euclides da Cunha. O grupo formada pelos senadores Simone Tebet, Waldemir Moka, o deputado federal Carlos Marun, o atual presidente do partido, deputado estadual Junior Mochi, e a ex-vereadora Carla Stephanini deixou o local às 13h45.

Puccinelli desceu até a entrada do ChampsÉlysées acompanhado da filha mais velha Vanessa, de 43 anos e que é médica, e após dizer as frases para a imprensa, mudou de assunto. “Vamos almoçar?”, brincou com os repórteres e entrou.

A comissão foi formada durante reunião na sede do partido convocada após a deflagração da operação. Ninguém do grupo deu entrevista, nem na saída do prédio e nem na chegada de volta ao PMDB.

Papiros de Lama - A operação da Policia Federal, em conjunto com a CGU (Controladoria Geral da União) e a Receita Federal, tem como alvo uma organização criminosa que teria causado pelo menos R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.

O ex-governador seria o beneficiário e garantidor do esquema de propina pagas por frigoríficos. Só a JBS teria repassado R$ 20 milhões ao grupo, que conforme a investigação é chefiado por Puccinelli, em um ano.

A operação foi desencadeada seis meses depois que Puccinelli foi alvo da 4ª fase da Lama Asfáltica. A delação premiada do pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda, que diz ter sido operador de esquema de cobrança de propinas de 2006 a 2013, motivou a deflagração da nova etapa da operação.

Da esquerda para a direita, Junior Mochi, Waldemir Moka, a filha e André (Foto: Marcos Ermínio)
Da esquerda para a direita, Junior Mochi, Waldemir Moka, a filha e André (Foto: Marcos Ermínio)
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