Hashioka aceita convite e deve assumir comando do Detran nesta sexta-feira
A confirmação do ex-prefeito de Nova Andradina no cargo faz com que o departamento de trânsito fique nas mãos do PSDB
O ex-prefeito de Nova Andradida, Roberto Hashioka, será o novo diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul). Ele assume no lugar de Gerson Claro Dino, que pediu demissão após ser alvo da Operação Antivírus, que realizou 12 prisões - entre eles a de Claro, já solto.
A operação foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) na terça-feira (29). A investigação se dá por suspeita de crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa.
"Fui convidado e aceitei. Amanhã [sexta, 1º de setembro] devo ir ao Detran e se estiver tudo pronto, já assumo", confirma Hashioka sobre sua ida à chefia do Detran, que depende ainda de questões burocráticas.
Três vezes prefeito de Nova Andradina, Hashioka é uma das mais influentes lideranças políticas do Vale do Ivinhema. Sua esposa, Dione Hashioka, também foi eleita duas vezes deputada estadual. Atualmente, ambos estão no PSDB.
A confirmação de Hashioka no posto de diretor-presidente do Detran também faz que o órgão fique sob comando de um tucano - Gerson Claro era filiado ao PSB. Tradicionalmente, o departamento ficava sob liderança de membros do PDT, cenário que mudou a partir da mudança de Claro para o PSB, no ano passado.
Além de ex-prefeito, Roberto Hashioka comandou a Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos do Mato Grosso do Sul) entre 2011 e 2012 - quando saiu para assumir pela terceira vez Nova Andradina. Ele também é servidor de carreira da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).
O nome dele deve constar ao lado dos outros novos diretores do órgão na edição desta sexta-feira (1) do DOE-MS (Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul). Segundo Hashioka, o convite foi feito pelo próprio governador.
Demissão após operação - Em coletiva nesta tarde de quinta-feira (31), Gerson Claro anunciou que entregou a carta de demissão ao governador, juntamente com outros três diretores e um chefe de setor envolvidos na investigação - o nome dos substitutos ainda não foram definidos.
Pelo menos oito empresas de Mato Grosso do Sul são investigadas na operação por contratos suspeitos com o Poder Público. Os depoimentos dos envolvidos foram tomados na sede do Gaeco durante esta tarde.
*matéria atualizada às 21h38 para correção de informação