Petistas acionam CNJ para apurar “guerra de liminares" sobre cassação
A bancada federal do PT entrou com uma representação na Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), no dia 27 deste mês, para que haja uma apuração nos atos cometidos no dia 26 de dezembro, quando aconteceu uma “guerra de liminares” entre os desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) em torno do processo de cassação do prefeito Alcides Bernal.
O senador Delcídio do Amaral (PT) apontou uma liminar específica concedida pela desembargadora Tânia Garcia de Freitas que derrubou a decisão do desembargador João Batista da Costa Marques que suspendia o processo de cassação contra Bernal.
O petista escreveu na página pessoal no facebook a cronologia das liminares concedidas na quinta-feira. Como a primeira, apresentada às 7h30, de João Batista, que suspendeu o processo de cassação.
Depois a decisão dos vereadores de suspenderem a sessão para tentar revogar a decisão judicial ainda pela manhã.
Às 16h, a desembargadora Tânia Garcia derruba decisão do desembargador de plantão e às 18h30, novamente João Batista restabelece a decisão cautelar anterior e assim suspende o processo da Comissão Processante. Ele ainda tornou nula eventual cassação de Bernal.
A bancada do PT, formada pelos deputados estaduais Vander Loubet e Antonio Carlos Biffi, antecipou-se à diretoria da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) e à Câmara Municipal, que pretendiam acionar o CNJ com o mesmo objetivo. NO entanto, eles avaliam que João Batista, que foi a favor de Bernal, estava errado.
Apoio – O senador Delcídio resolveu apoiar o prefeito Alcides Bernal (PP) neste final do ano, antes ele preferiu deixar a articulação política para o PT, o que os aliados definiram como uma forma de “preservar” a imagem e evitar “desgaste político”.
O petista chegou a criticar Bernal pela falta de diálogo com a Câmara e por ter faltado ao depoimento na Comissão Processante, afirmando que “quem não deve, não teme”. Depois do último dia 26, ele resolveu retomar o apoio ao prefeito e aderiu à tese de “golpe político” em Campo Grande.
Delcídio chegou a publicar em sua página no facebook que queriam tirar o mandato “popular” na “mão grande”, e ainda citou um possível golpe “político-empresarial” neste processo de cassação contra Bernal.