Reinaldo alega cautela e precaução ao prever orçamento para 2018
Avaliação sobre receita de 2018 está no projeto da LDO
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) admitiu que houve "cautela" e muita "precaução" da sua equipe, ao fazer a previsão de orçamento para 2018, onde apontou uma queda de R$ 94,6 milhões na receita do Estado, em comparação a este ano. Ele disse que uma série de acontecimentos gerou esta situação econômica.
"A nossa previsão foi responsável, pois estamos diante de um PIB (Produto Interno Bruto) recessivo, embora Mato Grosso do Sul tenha tido um crescimento maior que o nacional, além de ser o primeiro em geração de empregos entre os estados", disse Azambuja, durante agenda pública, no seu gabinete na Governadoria.
Reinaldo ponderou que esta precaução se deve muito a crise na arrecadação do gás natural, comprado pela Petrobras na Bolívia, que interfere diretamente na economia e situação financeira do Estado, além da diminuição no preço de commodities, como minério de ferro, soja, milho e outros produtos.
Ele também lembrou da polêmica envolvendo a carne brasileira, após a Operação realizada pela Polícia Federal. "Tudo isto nos afeta e nos preocupa, já que interfere na nossa arrecadação, a questão da carne por exemplo, trouxe prejuízos para todo setor. Neste momento é necessário ter cautela na hora de avaliar o cenário econômico".
Previsão - O governo enviou projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para Assembleia Legislativa, tendo uma previsão de receita para 2018, de R$ 13,8 bilhões, o que representa uma queda de 0,68% no orçamento, comparado a este ano (R$ 13,9 bilhões).
O secretário adjunto do Governo, Jader Julianelli, ressaltou que além da crise do gás natural, outras questões foram levadas em conta, como a própria recessão na economia nacional, que até o momento não demonstrou que esteja em crescimento.
Sobre a estimativa de crescimento da receita a partir de 2019 (8,60%) e depois se estendendo em 2020 (9,54%), Jader explicou que é mais uma avaliação de recuperação da economia nacional, prevista pelo Banco Central, que também leva em conta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Já o repasse de recursos aos poderes, os percentuais não foram alterados. Sendo R$ 290 milhões para Assembleia Legislativa, R$ 275 milhões ao TCE (Tribunal de Contas Estadual), R$ 792 milhões para o Tribunal de Justiça, R$ 390 milhões ao Ministério Público e R$ 179 milhões para Defensoria Pública.