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Política

Senadores criticam reforma e acham fundo de R$ 3,6 bilhões “inaceitável”

Projeto ainda tramita na Câmara dos Deputados, mas depois de aprovada, seguirá para o Senado

Mayara Bueno | 18/08/2017 12:49
Senadora Simone Tebet, PMDB. (Foto: André Bittar).
Senadora Simone Tebet, PMDB. (Foto: André Bittar).
Waldemir Moka, senador do PMDB de MS. (Foto: André Bittar).
Waldemir Moka, senador do PMDB de MS. (Foto: André Bittar).

Os três senadores de Mato Grosso do Sul defendem uma reforma na política brasileira, mas discordam de vários pontos que são discutidos na Câmara dos Deputados, onde a projeto de reestruturação tramita atualmente. As principais questões são a criação de um fundo público de campanha de R$ 3,6 bilhões e o estabelecimento do chamado distritão.

“Inaceitável”, disse o senador Pedro Chaves (PSC) a respeito do fundo bilionário para bancar campanhas políticas.“A população brasileira não tem condição de suportar um valor tão alto deste”. Quando a matéria chegar ao Senado, afirma o parlamentar, o ponto que discute o fundo partidário não será aprovado.

Por outro lado, Pedro Chaves defende a redução de partidos, se efetivado o distritão, para que cerca de 30 legendas sejam reduzidas para “12 ou 13”. “E que sejam mais autênticos, com ideologia”.

Para a senadora Simone Tebet (PMDB), o projeto que foi proposto “sequer é uma reforma”. “É lamentável. Precisamos de uma eleição legítima, mais simplificada e barata. O que querem fazer é mudar regras para beneficiar eleição e tirar dinheiro do povo para fazer campanha”. No entanto, a parlamentar é a favor da redução de partidos, mas que tenham ideologia.

Da mesma forma, o senador Waldemir Moka (PMDB), é contrário ao fundo de R$ 3,6 bilhões. “Percebo que não há consenso e ainda está sendo discutido na Câmara, mas dificilmente passa no Senado”, opina.

Senador Pedro Chaves, do PSC de MS. (Foto: André Bittar).
Senador Pedro Chaves, do PSC de MS. (Foto: André Bittar).

Projeto - Do texto original proposto na Câmara, os deputados aprovaram a criação de um fundo público com a previsão de R$ 3,6 bilhões para financiar as campanhas eleitorais a partir do ano que vem.

Os parlamentares mantiveram também a sugestão de estabelecer um mandato temporário de 10 anos para ministros do Poder Judiciário.

O chamado distritão permite que deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, antes eleitos de forma proporcional considerando os partidos e coligações, passem a ser escolhidos pelo número absoluto de votos, da mesma forma como são eleitos prefeitos, governadores e o Presidente da República.

Os três senadores participaram da comemoração do centenário da Santa Casa de Campo Grande, que ocorreu na sede da instituição na Capital.

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