Após 4 anos, mortes por chikungunya voltam a ser registradas em MS
Vítimas são dois homens, um de 43 anos e outro de 70 anos
Doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya causou duas mortes em Mato Grosso do Sul este ano. As vítimas residiam nos municípios de Dourados e Bela Vista, segundo informações trazidas por boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (23) pela SES (Secretaria Estadual de Saúde).
Em ambos os casos houve coinfecção da doença com a dengue, transmitida pelo mesmo vetor. O primeiro óbito ocorreu em 2 de março, em Dourados, e foi de um homem de 43 anos. Já o segundo ocorreu em 28 de março, em Bela Vista, e foi de um idoso de 70 anos.
As mortes foram as primeiras de 2023. A confirmação conforme critérios laboratoriais foi oficializada em 22 de maio pela SES.
Desde 2018, há quatro anos, o Estado não registrava baixas em decorrência da chikungunya. Naquele ano, três pessoas faleceram devido à doença, sendo que uma delas foi de paciente residente no Paraguai.
Casos - Os cinco municípios do Estado onde a incidência de chikungunya é maior são Ponta Porã, Paranhos, Maracaju, Bela Vista e Anaurilândia. Entre eles, Ponta Porã lidera em número de casos confirmados, seguido por Maracaju.
Diante das 27 unidades federativas, Mato Grosso do Sul aparece em 10º lugar quanto à incidência, que é o número de casos registrados a cada 100 mil habitantes.
O número total de casos prováveis da doença registrados até a divulgação do último boletim era de 4.724 em todo o Estado. Os confirmados eram 863, sendo 24 em gestantes, que são consideradas grupos de risco para as formas graves da chikungunya.
Fronteira - Em comum, os municípios onde os óbitos ocorreram e o que possui maior incidência ficam em região fronteiriça ao Paraguai, país que enfrenta atual surto de chikungunya.