Estado vai discutir inclusão de restaurantes como serviços essenciais na segunda
Abrasel pede que se faça um ajuste na classificação de serviços essenciais e não essenciais
A pedido da Abrasel MS (Associação de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul), o Governo do Estado pretende se reunir na segunda-feira para avaliar a inclusão desses estabelecimentos como serviços essenciais.
O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, informou que o momento agora é de pensar em medidas de contenção à covid-19, mas que tem atendido as demandas que surgem, como a de bares e restaurantes.
O presidente da Abrasel MS, Juliano Wertheimer, informou que o pedido é que se faça um ajuste na classificação de serviços essenciais e não essenciais, permitindo que restaurantes possam atender presencialmente durante a bandeira cinza. Isso, até às 20 horas, conforme toque de recolher previsto nessa classificação.
“Nós trabalhamos com alimentos, com produtos perecíveis, então desde sempre temos cuidados com a biossegurança. Com a pandemia, essas regras triplicaram e temos cumprido as medidas, feito a nossa parte”, sustentou.
Para ele, o Governo do Estado terá sensibilidade. “Nosso setor foi o mais afetado pela crise, estamos no limite, muitos não estão conseguindo sequer pagar as contas, não aguentaremos mais ser sacrificados com as medidas de restrições e acreditamos que o Governo entende isso. Estamos confiantes”.
Resende sustentou que vai deliberar com a equipe do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia) apenas na segunda-feira sobre o pedido da Abrasel. “É um pedido legítimo e vamos deliberar, assim como faremos se surgirem mais demandas”, comentou.
A mudança solicitada na lista de atividades do Prosseguir pela associação é retirar os itens 2.2 e 3.3 (bares e restaurantes), deixando os mesmos enquadrados no item 1.35 (comércio de produtos de saúde, higiene e alimentos, para seres humanos e animais, e de bebidas não alcoólicas).
Abrasel e Acicg (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) acionaram a Justiça ontem contra o decreto que restringe atividades no Estado.