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Cidades

Frio e tempo seco: médico dá dicas para quem sofre com a baixa umidade

Idoso, crianças e portadores de doenças crônicas são os mais afetados com a baixa umidade

Gabrielle Tavares | 14/06/2022 15:45
Moradores agasalhados em feira do Bairro Nova Lima na manhã do último domingo (12). (Foto: Kísie Ainoã)
Moradores agasalhados em feira do Bairro Nova Lima na manhã do último domingo (12). (Foto: Kísie Ainoã)

O inverno nem chegou ainda, mas o tempo seco se adiantou e já começou a provocar espirros em quem sofre com alergias. De acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a umidade do ar pode chegar aos 20% nesta semana, enquanto o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é entre 40% e 70%.

O médico pneumologista, Ronaldo Queiroz, explica que o tempo frio e seco é agressivo para as vias aéreas superiores (nariz, faringe e laringe), diminuindo as defesas do corpo humano. O resultado desta combinação está no surgimento de resfriados, gripes, sinusites e pneumonia com maior frequência.

“Os pacientes portadores de doenças respiratórias crônicas, como asma e rinite, sofrem mais e precisam manter todos os cuidados e os tratamentos recomendados pelos pneumologistas para não entrarem em crise. Outra população de maior risco são as crianças e os idosos”, ressaltou.

Estes cuidados variam entre tomar muito líquido, evitar aglomerações e manter as vacinas contra doenças respiratórias em dia.

O uso de umidificadores também pode aliviar as crises alérgicas, mas na falta do equipamento, toalhas úmidas e bacias d'água ajudam. Além disso, é recomendado ainda evitar atividades físicas nas horas do dia de umidade mais baixa, entre às 10h e às 16h.

A estação mais gelada do ano começa no dia 20 de junho neste ano, e vai durar até 22 de setembro. As frentes frias e massas de ar polares frias são responsáveis pela queda de temperatura, ausência de chuvas significativas, umidade relativa muito baixa em torno dos 20%, ventos mais intensos e nevoeiros. Em média, no inverno, chove cinco vezes menos que no verão.

O uso das máscaras, popularizadas para o combate à covid-19, também são eficazes contra outras doenças virais, como a gripe. Sem a obrigação dos decretos de órgãos públicos, seu uso fica a critério pessoal, mas recomendado pelo médico para evitar a disseminação das enfermidades.

“O uso das máscaras não deve ser uma prática generalizada, sendo recomendado seu uso apenas para as pessoas com infecções respiratórias, a fim de diminuir o risco de transmissão”, disse.

Prognóstico de inverno - De acordo com o prognóstico divulgado pelo meteorologista da Uniderp, Natálio Abrahão, os meses mais secos ainda estão por vir. Entre agosto e início de setembro, podem haver mais de 30 dias com estiagens sem ou pouca precipitação na Capital.

O ar seco e o vento calmo vão favorecer a formação de poeira e fumaça. Essas condições auxiliam para ocorrências de queimadas, prejudicando a qualidade do ar.

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