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Cidades

Ministério entrega 81,4 mil unidades de novo medicamento contra o HIV

Combinação de dois antirretrovirais em um único comprimido deve ser indicada aos pacientes de forma gradual

Por Gabriela Couto | 19/01/2024 15:24
Caixa com remédios antirretrovirais utilizados para tratamento de pacientes vivendo com HIV ou aids (Foto: Fiocruz)
Caixa com remédios antirretrovirais utilizados para tratamento de pacientes vivendo com HIV ou aids (Foto: Fiocruz)

Já está disponível em todas as unidades de atendimento a pacientes vivendo com HIV ou aids de Mato Grosso do Sul o novo medicamento para tratamento do vírus.

O Ministério da Saúde concluiu a distribuição das primeiras unidades de uma combinação inédita de dois medicamentos eficazes: os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300 mg em um único comprimido.

Ao todo, foram distribuídos 81.480 medicamentos em Mato Grosso do Sul. Em todo o país foram 5,6 milhões de unidades do medicamento.

Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

A migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve acontecer de forma gradual e contínua, obedecendo aos seguintes critérios: idade igual ou superior a 50 anos; adesão regular; carga viral menor que 50 cópias no último exame e início da terapia dupla até 30/11/2023.

Os critérios para ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.

O dolutegravir 50 mg + lamivudina 300 mg é fruto de uma aliança estratégia, assinada entre Farmanguinhos/Fiocruz e as empresas farmacêuticas ViiV Healthcare Company e GlaxoSmithKline.

A distribuição da combinação de medicamentos é parte da estratégia prioritária da pasta para eliminar o HIV e a aids como problemas de saúde pública. Em 2023, a pasta ultrapassou o valor de R$ 1,8 bilhão investidos em medicamentos contra o vírus.

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