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Cidades

Pistoleiro morto no RN era investigado por plano para matar promotor

José Moreira Freires, o Zezinho, estava envolvido na morte de duas pessoas em MS e teria recebido R$ 200 mil para crime

Nyelder Rodrigues, Ângela Kempfer e Marta Ferreira | 14/12/2020 20:58
Cena do crime onde Paulo Magalhães foi executado por Zezinho, no ano de 2013 (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Cena do crime onde Paulo Magalhães foi executado por Zezinho, no ano de 2013 (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Nem mesmo a inclusão na lista máxima de procurados da Intepol (The International Criminal Police Organization) e o rosto estampado por anos nos jornais sul-mato-grossense impediram que José Moreira Freires deixasse a pistolagem. Ao menos, é o que indicam as informações preliminares sobre a atuação dele no Rio Grande do Norte.

Conforme o apurado pelo Campo Grande News, Freires era investigado depois de denúncias de que teria um 'contrato' no valor de R$ 200 mil para matar promotor de justiça.

Os alvos, dessa vez, não estavam em Campo Grande. A vítima seria autoridade que atua nos trâmites envolvendo presos em Mossoró. Freires estaria em solo potiguar há dois meses, sendo acompanhando pelo Deicor há apenas uma semana.

Apesar do pouco tempo, a polícia do Rio Grande do Norte conseguiu descobrir a existência do contrato de R$ 200 mil e que o alvo do crime seria um juiz ou um promotor de Justiça. Zezinho usava identidades falsas para não ser preso.

Freires, ao lado de Juanil, era um dos nomes mais procurados do Estado
Freires, ao lado de Juanil, era um dos nomes mais procurados do Estado

Confronto com policiais - Zezinho, como era conhecido Freires, foi morto em confronto com policiais do Deicor (Divisão Especializada de Investigações e Combate ao Crime Organizado) na tarde desta segunda-feira (14) em Macaíba, cidade potiguar localizada a 270 km de Mossoró - coincidência ou não, sede do presídio federal onde Jamil Name está preso.

Jamil é acusado de ser o chefe da organização criminosa a qual Zezinho atuava como pistoleiro, sendo apontado como o executor do delegado aposentado Paulo Magalhães, em 2013, e do estudante Matheus Coutinho Xavier - filho do ex-capitão da PM (Polícia Militar), Paulo Xavier, morto por engano no lugar do pai - em 2019.

Ao ser descoberto nesta tarde de segunda-feira, Freires tentou evitar mais uma prisão - ele chegou a ser detido e julgado pela morte de Magalhães, sendo condenado, mas conseguiu ficar em liberdade e fugir em seguida.

Durante essa tentativa, houve confronto com a equipe do Deicor, resultado em sua morte durante o tiroteio. Ele estava na lista da Interpol junto a Juanil Miranda Lima, que assim como ele e ex-guarda municipal. Ambos são acusados de matar Matheus Xavier.

Por ora, não há detalhes de como aconteceu a ação, que segundo a polícia do Rio Grande do Norte, estava em andamento ainda durante o começo dessa noite. O caso também já está sendo acompanhado pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), em Campo Grande.

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