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Capital

"Serviço está feito", disse em ligação suspeito de matar jovem de 18 anos

O corpo da jovem foi encontrado, na manhã de sábado (16), na casa em que morava com o irmão, no cruzamento das ruas Francisco Aguiar Pimenta com a João Maiolino

Viviane Oliveira | 18/09/2017 11:22
Mayara foi morta a golpes de tesoura (Foto: reprodução/Facebook)
Mayara foi morta a golpes de tesoura (Foto: reprodução/Facebook)
Roberson é o principal suspeito de ter cometido o crime (Foto: reprodução/Facebook)
Roberson é o principal suspeito de ter cometido o crime (Foto: reprodução/Facebook)

“O serviço está feito”, teria dito Roberson Batista da Silva, 32 anos, conhecido como Robinho, suspeito de matar Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, em um telefone realizado para o cunhado, que está preso. A jovem foi morta com vários golpes de tesoura no pescoço, na noite de sexta-feira (15), na casa em que morava com o irmão, no cruzamento das ruas Francisco Aguiar Pimenta com a João Maiolino, no Bairro Universitário, região sul de Campo Grande.

Roberson, que estava preso no Instituto Penal de Campo Grande, recebeu alvará de soltura e foi liberado na última quinta-feira (14), um dia antes de a jovem ser morta. Segundo parentes da vítima, após o crime Roberson ligou para o marido de Viviane Fontoura Holsback, irmã de Mayara, que está preso, e confessou o assassinato: "o serviço está feito". 

Conforme boletim de ocorrência, a jovem foi encontrada nua sobre a cama com parte do corpo coberto com edredom. Havia sangue no colchão, nas cobertas e algumas manchas no banheiro (no interruptor e na parede). A tesoura, usada no crime, foi localizada coberta de sangue ao lado do corpo, que já estava em rigidez cadavérica.

À polícia, uma testemunha contou que a jovem falava pouco do marido, mas que já havia comentado que Roberson era assaltante de banco e estava preso por ter matado uma pessoa por causa de uma dívida de R$ 400 mil. A jovem também teria comentado que o marido era possessivo e ciumento. Ela o visitava na cadeia e tinha uma tatuagem com o nome dele no braço.

A testemunha relatou ainda que na quinta-feira à noite, quando saía para trabalhar, viu a vítima com roupa de academia. Pouco tempo depois avistou o suspeito chegando em um veículo Fiat Siena prata, provavelmente um Uber. O autor entrou na residência, na sequência, o irmão da vítima saiu e foi trabalhar. A irmã de Mayara foi quem chamou a polícia. Ela ficou sabendo do homicídio quando foi informada pelo marido, que está preso.

O pai de Mayara, Ademir de Souza Holback, 43 anos, disse à polícia que a filha já havia sido ameaça de morte pelo autor. Policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) fazem buscas pelo suspeito. Roberson tinha várias passagens pela polícia. O caso está sendo investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

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