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Capital

Adolescentes indicaram onde estariam restos mortais de Kauan

Anahi Zurutuza, Amanda Bogo e Marta Ferreira | 27/07/2017 16:34
Adolescente com equipe da DEPCA na margem do rio durante buscas (Foto: André Bittar)
Adolescente com equipe da DEPCA na margem do rio durante buscas (Foto: André Bittar)

Dois adolescentes teriam indicado onde estariam os restos mortais de Kauan Andrade Soares dos Santos, o garoto de 9 anos estuprado até a morte no dia 25 de junho.

Policiais civis e o Corpo de Bombeiros trabalham em ponto do rio Anhanduí, na avenida Ernesto Geisel, em frente ao Caic (Centro de Atendimento Integral à Criança) Rafaela Abrão, no Aero Rancho – sul de Campo Grande.

O local, no cruzamento da Ernesto Geisel com a avenida Ezequiel Ferreira Lima, é bem distante de onde as buscas começaram a ser feitas e foram encerradas há dois dias. Um poço de 2 metros de profundidade na margem do rio está sendo esgotado.

Dois adolescentes foram levados até lá. Um deles foi tirado pela equipe da DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente) logo que chegou e o outro chegou a descer junto com investigadores para a margem do rio e também já saiu do local.

Pessoas que acompanhavam o trabalho da polícia e dos bombeiros hostilizaram um adolescentes levados até o local achando que se tratava de Deivid de Almeida Lopes, apontado pela polícia como assassino de Kauan.

O delegado-geral Marcelo Vargas confirmou à reportagem que adolescentes mostraram para a polícia onde o corpo teria sido jogado.

A informação inicial era de que a polícia havia encontrado restos mortais numa tubulação de esgoto em região de difícil acesso do Aero Rancho.

Kauan dos Santos, assassinado no dia 25 de junho (Foto: Facebook/Reprodução)
Kauan dos Santos, assassinado no dia 25 de junho (Foto: Facebook/Reprodução)

O crime – Conforme apurou a equipe da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Kauan morreu no dia 25 de junho, dia em que saiu de casa para brincar e não voltou.

O testemunho de um adolescente, de 14 anos, que teria levado Kauan até a casa de Deivid de Almeida Lopes, de 38 anos, norteou a investigação. No início da noite daquele dia, a criança estava a cerca de 3 km de casa, na Coophavilla 2 – bairro do sudoeste da cidade, onde o suspeito, um homem de 38 anos, mora.

Segundo o adolescente, quando o homem começou a violentar a criança, o menino se debatia, chorava bastante e gritava muito. Por isso, o acusado pediu para o adolescente segurar o garoto enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.

Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte, resolveram se livrar do corpo, o colocaram em um saco preto e atiraram no rio Anhanduí.

Deivid, que deu aulas de português e inglês em escolas da rede municipal e estadual, foi indiciado por abuso de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Ele foi transferido na manhã desta quinta-feira (27) da carceragem da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) para o Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste - leste da Capital -, em ala específica para autores de crimes sexuais.

Matéria alterada para correção de informação às 17h41 e às 18h08 para acréscimo de dados.

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