Baixas garantem à prefeitura substituição de vigilantes por guardas municipais
Prefeita promete para dentro de um mês a posse e nomeação de novos guardas
Dias depois de pedir à Justiça mais um ano no contrato temporário de agentes patrimoniais, para não serem substituídos por guardas municipais, como pede o sindicato da categoria em ação judicial, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Progressistas), promete para dentro de um mês a posse e nomeação de novos guardas para substituí-los.
Na inauguração do novo Conselho Tutelar de Campo Grande esta tarde no Parque do Sol, a chefe do Executivo municipal disse que “nós tivemos baixa de servidores que se aposentaram e passaram em outros concursos e deixaram a Guarda. Tudo tem sido feito com medidas austeras, entendendo a situação do município. Nós não vamos ultrapassar o limite prudencial”, afirmou.
A prefeita afirmou ainda que a corporação faz um serviço essencial à segurança das pessoas e que novas nomeações – hoje houve reunião com 57 concursados que devem ser empossados e nomeados no próximo mês – são para atender o período de volta às aulas, além de acordo em relação aos vigilantes temporários.
“Havia um acordo com a Guarda em que nós tínhamos guardas que estavam aguardando o concurso. Nós tínhamos agentes patrimoniais e existia um acordo de ir aos poucos diminuindo os agentes patrimoniais. Então os recursos que eram investidos nos agentes patrimoniais, passa a ser investido na Guarda Civil”, sustentou.
Em reunião esta tarde no Paço Municipal, o concursado Hector Gewehr, de 31 anos se diz animado em poder ser nomeados na Guarda. Ele atua como auxiliar de mecânico enquanto aguarda a nomeação. “É algo muito esperado por mim, são pelo menos dois anos esperando já”, disse, ao sair do encontro onde recebeu orientações sobre posses e nomeação e sobre documentação necessária.
Kaio Valadares, de 20, também saiu de lá animado. “Agora é correr atrás dos documentos e exames para não deixar nada para a última hora”, disse, informando que atua como operador de máquinas em uma empresa da Capital enquanto não toma posse.
O pedido do município por mais um ano no contrato de agentes patrimoniais, que tramita na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, ainda não foi apreciado pelo juiz, Ariovaldo Nantes Corrêa, que determinou, em dezembro do ano passado, que em 90 dias, já vencidos, que o município encerrasse os contratos e que a GM assumisse os postos de vigilância em prédios públicos.