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Capital

Com julgamento anulado, Cristhiano Luna se envolve em outra confusão

Réu, Cristhiano está solto desde agosto do ano passado por força de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Guilherme Henri e Adriano Fernandes | 06/01/2019 17:01
Cristhiano Luna ao lado dos advogados Fabio Trad e José Belda em 2017 (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Cristhiano Luna ao lado dos advogados Fabio Trad e José Belda em 2017 (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Protagonista de um dos casos mais polêmicos de Campo Grande, o confeiteiro Cristhiano Luna de Almeida, 31 anos, teve o julgamento, que o condenava a 17 anos de prisão, anulado no final do ano passado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Contudo, o ainda réu pelo assassinato do segurança “Brunão”, se envolveu em mais uma confusão com ameaça que terminou com queixa na polícia ontem (5).

Segundo o advogado José Belga, Cristhiano está solto desde agosto de 2018 por força de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Ainda de acordo com o defensor "o júri foi anulado porque o Tribunal de Justiça acolheu a alegação da defesa, de que a condenação de Cristhiano se deu de forma manifestamente contrária à prova dos autos".

Confusão – Equanto espera novo julgamento do caso, Cristhiano se envolveu em nova confusão. Ao Campo Grande News, a vítima – que pediu para ter o nome preservado – contou que, durante a semana se desentendeu com um colega devido a um jogo on-line.

Já na madrugada de ontem, o jovem estava na casa de amigos - que moram no mesmo residencial de Cristiano – momento em que o confeiteiro chegou no local acompanhado do então ex-colega da vítima.

“Começou a provocação por parte deste meu colega. Eu até pensei que era brincadeira e disse para não brigarmos por causa de um jogo. Mas, fui agredido com tapas e Cristhiano disse para que ninguém que estava na casa intervir”, detalhou o jovem.

Em seguida, a vítima disse que mesmo agredida não correspondeu as agressões e cada um envolvido na confusão foi para um canto da casa.

Cristhiano ouvindo sentença em júri em 2017 (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Cristhiano ouvindo sentença em júri em 2017 (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

“Quando me sentei no sofá Cristiano sentou do meu lado. Já nos conhecíamos, pois ele já prestou consultoria em um negócio da minha família no passado. Acredito que por alguma mágoa desta época ele disse que queria resolver as coisas. Na conversa, ele insultou minha família e quando falei alto para parar com aquilo, Cristhiano veio para cima de mim e disse ‘eu já matei um e matar mais um não vai mudar muita coisa’", descreve o jovem.

A vítima conta que foi embora da casa e foi orientada pelos pais a registrar queixa do colega e de Cristhiano na polícia.

O caso foi registrado como lesão corporal, ameaça e injúria na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Dos crimes citados, Cristhiano foi qualificado em ameaça e injúria.

"Eu aprendi" – A reportagem, Cristhiano negou o envolvimento na confusão e afirma que foi apenas testemunha entre a briga de colegas.

“Eu nem jogo. Estava na casa do meu compadre quando aconteceu e apenas testemunhei. Não injuriei ou mesmo ameacei ninguém. O conheço porque fomos sócios no passado. Todos que estavam no lugar podem dizer o que aconteceu”, alega o confeiteiro.

Além disso, Cristhiano afirma que “aprendeu com o que aconteceu” com ele. “Isso tudo é um equívoco. Com o julgamento anulado, eu não voltaria a me envolver em confusão. Nada mais é motivo para briga. Elas não levam a nada. Fico muito triste”, desabafa.

Vai e vem - Jéferson Bruno Escobar, o Brunão, foi morto em março de 2011, ao tentar tirar Cristhiano Luna de dentro da casa noturna em que trabalhava como segurança após uma briga generalizada.

Antes de ir a júri popular, Luna aguardava o veredito em liberdade, mas voltou a ser preso em 30 junho de 2017, depois de ser flagrado em um bar do Shopping Campo Grande, descumprindo assim uma das medidas impostas pela Justiça a ele, de não sair à noite, nem beber.

Em novembro de 2017 Cristhiano foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato. Porém, a defesa recorreu e a pena foi reduzida para 14 anos, 11 meses e 15 dias de prisão por homicídio duplamente qualificado. A defesa alegou ainda irregularidades no processo, entrou com habeas corpus e no dia 22 de junho pediu anulação do júri.

No dia 2 de agosto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello assinou a ordem para que o réu deixasse a prisão.

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