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Capital

Enquanto Assembleia coloca raio-x, prédio da Sejusp é o mais fácil de entrar

A reportagem foi ao Parque dos Poderes, que reúne Legislativo, Executivo e Judiciário

Aline dos Santos, Alison Silva e Jackeline Oliveira | 14/09/2023 12:40
Vão na lateral da catraca permite livre passagem e acesso à Secretariai de Segurança. (Foto: Direto das Ruas)
Vão na lateral da catraca permite livre passagem e acesso à Secretariai de Segurança. (Foto: Direto das Ruas)

Cercados por mata e pontos com grande fluxo de pessoas, prédios públicos no Parque dos Poderes, em Campo Grande, têm reforçado as medidas de segurança.  Assembleia Legislativa, por exemplo, ativou raio-x na recepção. Porém, curiosamente, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) é de mais fácil acesso, com catracas que não impedem a passagem pela lateral.

Ontem, Casa de Leis, que tem 1.100 funcionários, ativou raio-x na entrada principal do Palácio Guaicurus, localizado na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha. Ao todo, serão três equipamentos para segurança.

Deputados Pedro Kemp e Gerson Claro observam sistema de segurança. (Foto: Reprodução/Assessoria Alems)
Deputados Pedro Kemp e Gerson Claro observam sistema de segurança. (Foto: Reprodução/Assessoria Alems)

O dispositivo verifica bolsas e mochilas, impedindo que pessoas entrem com armas ou explosivos, por exemplo.

“Nessa segurança interna, a gente detecta metais. Por exemplo, dentro da mochila, no teste, tinha uma arma e a gente percebe claramente. É como nos aeroportos. Então, é uma coisa de modernidade. Segurança para quem trabalha dentro da Casa e para as pessoas que vêm visitar a gente. Isso é muito importante”, afirma o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Paulo Corrêa (PSDB), ao Campo Grande News.

Em entrevista ao site de notícias da Assembleia Legislativa, o diretor de Segurança e Informação, coronel Wilson Sérgio Monari, afirmou que o setor também foi equipado com rádios comunicadores.

“A partir de agora todos os agentes de segurança vão conseguir se comunicar melhor em uma situação necessária de rápido contato. E quando entrarem aqui, com esse raio-x, teremos o equipamento que conseguirá detectar qualquer situação irregular, de fácil visualização, como armas de fogo ou artefatos proibidos”, diz o coronel.

No TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), também na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, o acesso dos visitantes também é controlado. A pessoa precisa fornecer dados pessoais na recepção e só então recebe autorização para adentrar o imóvel. Nesta quinta-feira (dia 14), a reportagem também verificou a presença de policial militar no saguão.

Tribunal de Contas tem catraca para controle de acesso e policial militar (a fundo). (Foto: Alison Silva)
Tribunal de Contas tem catraca para controle de acesso e policial militar (a fundo). (Foto: Alison Silva)

O mesmo modelo se repete em prédios como o do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Com acesso mediante fornecimento de informações.

Na guarita do Ministério Público, na Rua Presidente Manuel Ferraz de Campos Salles, há porteiros de uma empresa terceirizada e policiais militares. Também há detector de metais.

Executivo - Na Sejusp, localizada na Avenida do Poeta, a reportagem verificou a entrada mais facilitada. Há catraca, mas um vão lateral permite a passagem. Desta forma, é possível  caminhar livremente, sem qualquer abordagem sobre a sua presença.

Também na Avenida do Poeta, a Governadoria, sede do Poder Executivo e local de expediente do governador Eduardo Riedel (PSDB), tem catracas limitando o acesso, além de ser necessário prestar informações na recepção.

Na SED (Secretaria Estadual de Educação), o repórter logo foi abordado por recepcionistas, que questionaram o motivo de sua presença no local.

O complexo do Parque dos Poderes abrange área total de aproximadamente 243,53 hectares, dos quais 185,63 hectares são recobertos por vegetação nativa.

Trágico – Fora do Parque dos Poderes, a sede do Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), localizada na Rua 13 de Junho, região central de Campo Grande, registrou o episódio mais trágico de falha de segurança em órgão público.

Em 2 de fevereiro deste ano, o policial militar aposentado José Roberto de Souza matou o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, durante audiência de conciliação. Só agora, sete meses depois, são instalados detectores de metais na entrada do imóvel.

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