Justiça mantém exclusão de PM condenado na "Máfia dos Cigarreiros"
Ricardo Campos Figueiredo havia entrado com mandado de segurança e voltado às fileiras da PMMS
A Justiça revogou decisão que reincluía Ricardo Campos Figueiredo às fileiras da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) e manteve a exclusão dele. Ricardo foi investigado na Operação Oiketicus e condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por envolvimento no esquema de favorecimento ao contrabando de cigarros paraguaios no Estado.
Em 20 de maio de 2022, conforme publicação do DOE (Diário Oficial do Estado), Figueiredo chegou a ser reformado por "incapacidade definitiva". Já em novembro, foi excluído do quadro da PM de MS, contudo, mesmo condenado, a defesa entrou com mandado de segurança e Ricardo chegou a ser reintegrado às fileiras da PM, em dezembro de 2022.
Quatro meses depois, nesta segunda-feira, 24 de abril, decisão revoga a volta dele e mantém a exclusão da polícia. A publicação no DOE (Diário Oficial do Estado) vem assinada pelo comandante-geral da PMMS, Renato dos Anjos Garnes.
Operação - Além de Ricardo, a Oiketikus condenou outros 11 militares envolvidos no esquema de favorecimento ao contrabando de cigarros paraguaios em Mato Grosso do Sul.
Segundo as apurações da Oiketicus – nome científico do bicho-cigarreiro – policiais de patentes mais altas ou de posição de destaque no esquema usavam de influência para abrir caminho para os contrabandistas. Em troca, recebiam propinas que variavam de R$ 500 a R$ 600 semanais a R$ 100 mil mensais – caso dos “cabeças”.