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Capital

Médico alerta: dengue é pior para quem negligencia a saúde

Mariana Lopes | 16/01/2013 15:13
Médico infectologista Maurício Pompílio alerta a população a ficar atenta aos sintomas. (Foto: Luciano Muta)
Médico infectologista Maurício Pompílio alerta a população a ficar atenta aos sintomas. (Foto: Luciano Muta)

Em meio à epidemia de dengue que afeta Campo Grande neste início de ano, o médico infectologista Maurício Pompílio alerta a população a alguns cuidados que devem ser tomados para evitar que a doença evolua e que o paciente tenha complicações no quadro clínico. Cuidar da saúde, manter hábitos saudáveis e consultar um médico aos primeiros sintomas são algumas das orientações.

O primeiro ponto para qual o infectologista chama a atenção é o de que toda a população está sujeita a ser picada pelo mosquito transmissor e pegar a doença. Porém, ele explica que pode haver casos de a pessoa contrair o vírus mas não adoecer. "Vai depender das características individuais de imunidade, cada um tem uma resistência diferente", diz Maurício.

Ter uma dieta saudável e sem abusos, como por exemplo no consumo de bebidas acoólicas, ajuda a manter a imunidade em dia. No quadro de riscos estão pessoas com diabetes, com problemas cardiológicos, neurológicos, ou que tenham doenças que comprometam o fígado, rins e sangue. Esses grupos, de acordo com Maurício, precisam tomar alguns cuidados extras, pois estão mais propícios a ter complicações com a dengue.

O infectologista alerta também a procurar um médico aos primeiros sintomas da dengue - febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, enjoo, indisposição, manchas, vômito e sangramento. Ele explica que sempre começa com a febre e mais dois sintomas, porém, a evolução da doença é muito rápida e pode ser fatal, por isso é preciso estar atento a todos os detalhes do corpo.

O sangramento por exemplo, que é sinal de que a doença evoluiu para a forma homorrágica, pode começar com na pele. "São manchas roxas, como se fosse um machucado, ou pontos vermelhos que não desaparecem, mas são bem diferentes das manchas que são um dos sintomas da doença, por isso é importante o acompanhamento médico e um dia pode fazer diferença", orienta Maurício.


Outros sinais de que o quadro da doença está evoluindo são vômitos constantes e a pessoa não consegue se alimentar, dores fortes na barriga, falta de ar, além de queda na pressão. No caso de pessoa idosa, confusão mental também pode ser indicativo de complicação.

Maurício destaca a preocupação com as pessoas que não buscam acompanhamento médico. "Cada caso é um caso, o meu corpo reage diferente do corpo do meu vizinho, então precisa de um tratamento diferente", enfatiza o infectologista.

A consulta médica é primordial para saber o quadro clínico do paciente e pedir os exames, que indicarão as condições das plaquetas e o hematócrita. "Se há qualquer sinal de suspeita de dengue, a pessoa tem que ir imediatamente a um médico, um dia faz muita diferença", afirma Maurício.

Além dos cuidados básico de manter o quintal limpo, o médico dá a dica do uso de repelente. "Qualquer pessoa está sujeita a pegar, pode ser em casa, no trabalho, mas pode tentar evitar", diz o médico.

Dados - Em Campo Grande, foram notificados teve notificados 5.585 casos de dengue este ano, segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Na Capital, uma pessoa morreu por causa da dengue na semana passada.
A vítima, Vanderleia de Souza Oliveira, 45 anos, deu entrada no Hospital Regional no dia 7 de janeiro, com quadro clínico gravíssimo, e não respondeu ao tratamento de imediato. Ela também sofria de câncer.

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