'Não vou conceder privilégios', diz prefeito sobre proposta para médicos
Prefeito voltou a dizer que não tem como aumentar em 27,5% o salário da categoria
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse na manhã desta segunda-feira (3) que não vai conceder privilégio aos médicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). A categoria ficou uma semana em greve e tem reunião marcada com o administrador da Capital nesta tarde para uma nova proposta.
"Não seria justo com as demais categorias. Eu não vou conceder privilégios para um sem conceder aos outros. Para mim todos são iguais", disse o prefeito se referindo aos enfermeiros e odontólogos, que também vão participar da reunião.
Marquinhos voltou a dizer que não tem como aumentar em 27,5% o salário dos médicos, como foi pedido pela categoria no início das negociações. De acordo com o chefe do Executivo municipal, nesta tarde será novamente oferecida a primeira proposta que foi encaminhada aos profissionais.
Em abril, a Prefeitura propôs aumentar em 138,4% o salário-base dos médicos da rede municipal, que passaria de R$ 2.516,72 para R$ 6 mil, desde que os profissionais cumprissem 24 horas de carga horária semanal e não as 12 horas previstas nos contratos atuais. O aumento seria a incorporação das gratificações no salário.
"Nós vamos apresentar a mesma proposta que nós apresentamos anteriormente. Só que agora eles viram que realmente não podem ser tão intransigentes como eles estavam sendo", destacou Marquinhos.
O prefeito disse ainda que não vai adiantar a categoria retomar a greve e que vai reduzir em 50% os plantões da madrugada para conseguir 'jogar o valor' no salário base. "Não adiantou fazer pressão, não adiantou fazer greve, eu não vou ceder", ressaltou.