Polícia vai ouvir nesta terça família de universitário morto na Orla Morena
A Polícia Civil deve ouvir nesta terça-feira (11) a família do universitário Lawrence Corrêa Biancão, 20 anos, encontrado morto no próprio carro neste domingo, em Campo Grande. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Wellington de Oliveira, os quatro amigos que foram ouvidos ontem prestaram novos depoimentos hoje.
“Eles confirmaram as versões que já haviam apresentado no domingo. Agora vamos ouvir a família.”, explicou.
De acordo com o delegado, uma das testemunhas disse não ter certeza de que Lawrence foi até a Orla Morena para se encontrar com uma pessoa identificada como “Alberto”, que é do Acre e moraria em Brasília.
Este amigo disse à Polícia que o universitário recebeu um convite por telefone para encontrar no local do crime. Ele ficou com Lawrence até pouco mais de 2h da manhã.
Os amigos estavam com Lawrence entre a noite de sábado e o início da madrugada de domingo. Uma amiga foi deixada em casa, próximo ao Hospital Nosso Lar, depois que eles foram a um restaurante de comida japonesa e passaram em frente à boate Non Stop.
Por enquanto o crime está sendo tratado como homicídio qualificado. A possibilidade de latrocínio foi descartada pelo delegado, porque em via de regra, todo crime deste tipo quer dizer que o autor tem a intenção de roubar, mas não a de matar.
Para o delegado, Lawrence foi para a Orla Morena por vontade própria. Se ele tivesse sido obrigado, o autor estaria usando uma arma para convencê-lo, suspeita. E o crime teria acontecido com a arma, ao invés do cinto usado no estrangulamento, prossegue.
Caso – Lawrence foi encontrado morto na tarde deste domingo, na Orla Morena, região central de Campo Grande.
O estudante estava no banco do motorista, com lesões no pescoço que indicam estrangulamento e várias lesões pelo rosto, além de um machucado específico no joelho esquerdo, que para a Polícia, indica que ele tentou se defender no momento do crime.
O carro estava todo revirado e o celular e a carteira da vítima foram levados, na tentativa de dificultar a identificação. Com a vítima foram encontrados R$ 15.
A Polícia acredita que ele tenha sido morto com um cinto, encontrado dentro do carro e que pertence ao amigo que estava junto dele no restaurante.
Para Polícia, ele confirmou que o acessório era dele e que havia emprestado anteriormente para Lawrence, que devolveu ontem. Como o cinto não servia mais no amigo, ele relatou à Polícia que tirou e deixou no console do carro.
São feitos o levantamento de todos os pertences que estavam no veículo, digitais e vestígios de suor ou fios de cabelo, para confrontar quem andou com a vítima além das testemunhas.
Além da quebra de sigilo telefônico, a Polícia também vai pedir análise do computador da vítima, que já está com a perícia, para obter informações a respeito do perfil social e chegar a quem supostamente estaria com ele naquele local.