Policial penal registra B.O após ser agredido e ameaçado pelo “Gibi do PCC”
O policial ainda ressaltou que Guilherme foi pego há um tempo atrás com cartas ameaçando servidores públicos

Na manhã desta terça-feira (22), um policial penal registrou um boletim de ocorrência após ser agredido e ameaçado por Guilherme Azevedo dos Santos, de 30 anos, o Gibi do PCC (Primeiro Comando da Capital), o caso aconteceu no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira, em Campo Grande.
“Gibi” é considerado liderança da facção e por volta das 9h30 de hoje (22), Guilherme foi levado para ser atendido na enfermaria. Na volta, o detento não estava algemado por causa de uma tala que foi colocada na mão, no momento em que o agente ia abrir a cela, “Gibi” deu um soco no rosto do policial e o segurou pelo pescoço.
Depois que foi contido pelos outros agentes, Guilherme fez ameaças contra o policial, “eu já falei que vou te matar, só não te matei agora porque o senhor me deu geral antes e joguei fora o chuncho que fiz com escova de dente, já tinha tudo na minha cabeça de furar você igual um porco”.
O policial ainda ressaltou que Guilherme foi pego há um tempo atrás com cartas ameaçando servidores da segurança pública. Nestas, Gibi ameaça com bomba à delegacias e ataques às autoridades, como secretário de segurança pública. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e ameaça.
A carta - “Meus irmãos, pesso q vcs monitorem delegacia e arremessem dentro dos batalhões para após ser detonada trazem prejuízos e baixas de policiais. Por isso o nome mata no ninho, vamos lutar dessa forma (...) Sucesso desde já, deixo abraços a vos darei novos passos logo. Abraço do Gibi/Execução lutar contra a máquina opressora é nossa meta.”
Trecho da carta divulgado pelo Campo Grande News no mês do junho que foi assinado por “Gibi” ou “Execução”. Segundo investigações, é a alcunha de Guilherme Azevedo dos Santos, 29 anos, considerado uma das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A comunicação foi interceptada durante revista da cela 6 do Pavilhão 1 da Gameleira, no dia 31 de maio, em Campo Grande. Era ordem de ataque às Polícias Civil e Militar de Mato Grosso do Sul, com instruções sobre fabricação de bombas e como jogar nas unidades policiais. A carta foi encontrada na costura do short usado por “Execução”.
No interrogatório, o preso preferiu manter o silêncio. A Polícia Civil pediu que este flagrante fosse convertido em prisão preventiva e que ele fosse transferido para presídio federal. Já condenado em outros crimes, o decreto foi de manutenção da detenção. Sobre a transferência, ainda não houve atualização.
Antes de chegar a liderar a coordenação da “regional da Serra de Maracaju”, e atuar como mediador de conflitos dentro da facção, conforme denúncias do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), começou com receptação, violência doméstica, desacato e foi preso com Chevette carregado com 60 quilos de maconha.