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Capital

Prefeitura reforça trabalho para cumprir prazos de desassoreado no Parque

Lago do Parque das Nações Indígenas já teve 60 mil m³ de areia removidos e pode ser entregue antes do fim de agosto, diz Sisep

Ronie Cruz | 05/08/2019 11:20
Maquinários chegam a 40 caminhões e oito escavadeiras nas obras do lago maior (Foto: Henrique Kawaminami)
Maquinários chegam a 40 caminhões e oito escavadeiras nas obras do lago maior (Foto: Henrique Kawaminami)

A prefeitura de Campo Grande pretende concluir as obras de desassoreamento do lago maior no Parque das Nações Indígenas ainda neste mês, dentro da programação de aniversário dos 120 anos da Capital. Por isso, o trabalho foi intensificado nas últimas semanas pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).

De acordo com o superintendente de serviços da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Mehdi Talayeh, duas escavadeiras e dez caminhões reforçam a obra. “Ainda não é certeza essa previsão, mas estamos esperançosos para concluirmos na última semana de agosto ou bem próximo. Na semana passada esticamos o horário de trabalho como estratégia”, explicou.

Inicialmente a previsão era concluir o desassoreamento na segunda quinzena de setembro. A decisão de intensificar os trabalhos veio logo após o entupimento da tubulação do lago no dia 19 de julho. “Perdemos dois dias de produtividade por conta dessa situação, mas conseguimos resolver e os trabalhos foram intensificados gradualmente”, disse.

O superintende disse também que a estiagem favorece o adiantamento das obras. As equipes trabalham de segunda à sábado e já removeram 60 mil m³ de areia do lago que foi completamente seco para o desassoreamento. A expectativa é que as condições climáticas atuais continuem para que favoreçam o desenvolvimento do cronograma em ritmo acelerado.

Obras começaram no começo de julho após esvaziamento do lago. (Foto: Henrique Kawaminami)
Obras começaram no começo de julho após esvaziamento do lago. (Foto: Henrique Kawaminami)

Obras - O esvaziamento do lago maior começou no dia 17 de junho e no início de julho as máquinas já trabalhavam na área praticamente seca. De acordo com a superintendência de serviços da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), esta fase das obras vai utilizar seis escavadeiras hidráulicas e 30 caminhões basculantes. As obras devem durar de 3 a 4 meses.

Ao todo, foram retiradas 13 espécies de peixes, a maior parte de lambaris do lago. O gerente de Recursos Pesqueiros do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Vander Fabrício de Jesus, estima em 10 mil a quantidade retirada do local. O maior foi um pacu de 12 quilos e 80 centímetros de comprimento, que faria qualquer adepto da pesquisa feliz.

Como o lago menor já foi desassoreado, o cardume foi solto nele. A operação evita, assim, a cena de peixes morrendo, como já ocorreu durante os serviços. Ela começou na quinta-feira passada e acabou nesta quarta-feira.

Os serviços foram iniciados pela Prefeitura, para acabar com os bancos de areia nos dois lagos, que provocaram indignação de frequentadores do espaço de lazer.

Além dos peixes, houve achados indesejados: lixo deixado pelos frequentadores do parque. Pneus, plásticos, garrafas e até aparelho celular foram achados.

Após o fim das obras, os animais serão devolvidos ao lago maior. As obras de desassoreamento têm previsão de retirar 140 mil metros cúbicos de sedimentos do lago. O custo é estimado em 5 milhões, para devolver ao Parque das Nações um dos seus principais cartões postais, tão presente nas fotos de pôr-do-sol.

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