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Capital

Réu por matar namorada a tesouradas vai a júri popular no próximo mês

Roberson Batista da Silva, o Robinho, matou Mayara Holsback, de 18 anos, em setembro do ano passado logo depois de deixar a cadeia

Geisy Garnes | 20/06/2018 10:15
Robrinho vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio (Foto: Fernando Antunes)
Robrinho vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio (Foto: Fernando Antunes)

Roberson Batista da Silva, de 33 anos, o Robinho, irá a júri popular no dia 19 de julho pelo assassinato de Mayara Fontoura Holsback, em setembro do ano passado em Campo Grande. O réu será julgado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio pela 1ª Vara do Tribunal do Júri.

A data do julgamento foi designada nesta terça-feira (19). Em abril deste ano, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, excluiu a terceira qualificadora do crime defendida pelo Ministério Público Estadual, que seria recurso que dificultou a defesa da vítima e mandou o réu pelo júri popular.

Por isso, ás 8 horas do dia 19 de julho, uma quinta-feira, Robinho será julgado por homicídio duplamente qualificado. Em depoimento durante as audiência sobre o caso, o réu confessou o crime, descreveu todo o relacionamento com Mayara, desde o início até o dia do homicídio, de como saiu da casa onde ela foi morta e para onde foi após o crime.

Após quase dois anos preso, cumprindo pena por tentativa de homicídio contra a ex-mulher, Robinho recebeu liberdade condicional. Foi no dia 18 de setembro, o casal se reencontrou e foram para a casa da mãe de Mayara. Lá ficaram por cerca de 2 horas e retornaram a casa em que a jovem morava, no bairro Universitário – região sul da Capital.

Mayara foi morta no dia 18 de setembro (Foto: Reprodução Instagram)
Mayara foi morta no dia 18 de setembro (Foto: Reprodução Instagram)

Em depoimento, Robinho contou que os dois beberam, usaram cocaína e tiveram relações sexuais, até que em determinado momento ele foi tomar banho. No banheiro, ele viu a namorada mexendo no celular e os dois discutiram após Mayara supostamente apagar as mensagens antes de ele ver com quem ela conversava.

O réu contou que os dois continuaram a beber, usar drogas e continuaram a ouvir músicas, até que Mayara desligou o celular da caixa de som. Ela deixou a sala onde estavam e foi para o quarto. Robinho foi atrás dela e uma nova discussão começou.

“Ela falou: você quer saber Robinho, faz tempo que não quero mais você. Não vou parar de fazer programa”. Diante do juiz, Robinho continuou a descrever o diálogo, lembrou que foi chamado de corno e comprado aos clientes da então namorada, e que esse foi o estopim da briga. “Fiquei cego de raiva”.

Foi nesse momento em que ele alega ter partido para cima de Mayara e afirma ter percebido que ela estava com um tesoura na mão. “No impulso bati a cabeça nela, peguei a tesoura e passei no pescoço dela”, relatou.

A menina morreu e ele permaneceu na casa até amanhecer. A residência estava toda trancada e ele desconfiou que ela “deveria estar armando alguma coisa”. O rapaz encontrou a chave da casa dentro de um forno que não era usado. Destrancou a casa, pegou uma bicicleta que era de Mayara, trancou tudo novamente, e foi para a casa da mãe.

Robinho ficou foragido por 51 dias e se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no dia 6 de novembro.

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