Testemunha confirma que Marcel tentou se desculpar com Jamilzinho

Marcelo Oliveira Provenzi, amigo de Jamil Name Filho e primeira testemunha de defesa ouvida durante o julgamento da execução de Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, confirmou que a vítima tentou se desculpar com Jamilzinho após desentendimento em uma boate e que teria motivado o assassinato. O 2º júri da operação Omertà começou nesta segunda-feira (16).

O depoimento durou aproximadamente 10 minutos e encerrou o primeiro dia de julgamento. Na ocasião, o advogado Nefi Cordeiro, que atua na defesa de Jamilzinho, questionou Marcelo sobre o pedido de desculpas, por conta do desentendimento em uma boate que Marcel teria feito ao cliente. A testemunha confirmou a história.

“Ocorreu o seguinte. Naquele dia eu estava em uma mesa com o Jamil e outras pessoas e o Marcel veio ao meu encontro e perguntou o que eu achava dele falar com o Jamil e pedir desculpas. Falei que achava uma boa e ele foi. O Jamil disse que estava tudo certo, apertou a mão dele e falou para ele seguir a vida”, declarou Marcelo.

Na sequência, o advogado Jail Azambuja, que atua na defesa do policial federal Everaldo Monteiro, perguntou se ele lembrava a data e Marcelo afirmou não ter certeza, mas que foi bem antes da execução. “A data não tenho certeza, mas foi a uns oito anos atrás”. Marcel foi assassinado em outubro de 2018.

As perguntas da defesa encerraram e, então, o promotor de Justiça Moisés Casaroto assumiu a palavra. À testemunha, questionou se ele estava no dia da briga na boate e o que teria acontecido naquela ocasião. Marcelo, então, respondeu que estava com Jamilzinho e outras pessoas quando Marcel passou por duas vezes e mexeu no balde de gelo que estava sobre um aparador.

“Ele mexeu e o Jamil perguntou porque ele estava fazendo aquilo. Os dois discutiram e Marcel deu um soco que pegou de raspão no Jamil. O segurança o tirou e, depois de um tempo, o Jamil foi embora. Acho que isso aconteceu em 2015/ 2016, não lembro ao certo”, afirmou Marcelo.

Logo depois, Casaroto fala sobre a versão de que Jamil teria apertado a mão de Marcel no pedido de desculpas que aconteceu em outra ocasião. O promotor de Justiça cita que outras cinco pessoas foram ouvidas e deram outra versão sobre o ocorrido.

“Outras pessoas comentaram que o Playboy estendeu a mão e ele não deu. Isso é uma informação importante”, afirmou Moisés.

Marcelo, então, retifica a primeira versão e diz não se lembrar do aperto de mãos. “Eu não lembro. O que eu lembro é dele dizer que estava tudo certo e para Marcel seguir a vida”, pontuou a testemunha.

Por fim, o juiz Aluízio perguntou qual foi a motivação de Marcel em colocar a mão no balde de gelo e a reação de Jamilzinho. Marcelo afirmou acreditar que Colombo se sentiu na liberdade por conhecê-lo.

“Talvez porque ele me conhecia e conhecia outras pessoas, mas ele não conhecia o Jamil, que questionou por que ele estava fazendo aquilo e que não era para ele mexer em suas coisas”, detalhou. Na sequência, o primeiro dia de julgamento foi encerrado.

Dispensa – A defesa dispensou três testemunhas que seriam ouvidas nesta segunda-feira. Ao Campo Grande News, o advogado Pedro Paulo Sperb relatou que as testemunhas arroladas já foram ouvidas em juízo e por estratégia defensiva e para não cansar os jurados, "vamos aproveitar esses trechos de depoimentos já que eles foram ouvidos em juízo”, disse. Uma quarta pessoa foi dispensada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

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