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Capital

Uma semana depois de fugir, "Tio Arantes" é condenado a mais 3 anos de prisão

Em 2017, foragido, José Cláudio Arantes foi encontrado pela polícia com celular furtado em Três Lagoas

Silvia Frias | 01/12/2021 15:58
José Cláudio Arantes já cumpriu mais de 30 anos de prisão. (Foto: Divulgação)
José Cláudio Arantes já cumpriu mais de 30 anos de prisão. (Foto: Divulgação)

Uma semana depois de fugir do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, José Cláudio Arantes, o “Tio Arantes”, 66 anos, foi condenado pelo crime de receptação a pena de 3 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado.

“Tio Arantes”, “Lion”, "PCC Líder Negativo" ou “Tiozinho” é considerado pela polícia como um dos líderes máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital) e já cumpriu 30 anos por condenações por tentativa de homicídio em 1985, tráfico de drogas em São Paulo, em 1995, tráfico em MS, em 2003 e assalto a banco, em 2017.

Agora, com a decisão dada hoje (30), pelo juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal, soma a já extensa ficha mais 3 anos de reclusão pelo crime de receptação, ocorrido em outubro de 2017.

Naquele período, “Tio Arantes” estava foragido e a equipe do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) recebeu denúncia de que ele estava escondido em casa na Avenida Marquês de Pombal.

“Tio Arantes” foi encontrado no endereço citado e, com ele, o aparelho Samsung que havia sido furtado no dia 12 de fevereiro de 2015, em Três Lagoas. Outros três aparelhos foram apreendidos na ocasião.

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de MS), na fase de inquérito, Arantes confessou que comprou o aparelho no Camelódromo por R$ 300, abaixo do valor de mercado, que era de R$ 700.

Na fase judicial, Arantes mudou a versão, disse que comprou na OLX e não sabia que era furtado, tese mantida pela advogada Aline Gabriel Brandão. A defesa também questiona a apreensão, que teria sido feita sem mandado de busca, sendo considerada ilícita.

Nas alegações finais, também apelou para o princípio da insignificância por conta do valor gasto no aparelho.

O juiz desconsiderou os argumentos e o condenou em regime fechado. A advogada Aline Brandão disse ao Campo Grande News que irá recorrer da decisão. A defesa também diz que, atualmente, Arantes não é mais líder do PCC.

Fuga – “Tio Arantes” fugiu na madrugada do dia 23 de novembro, dia em que cadeados da cela e da porta do pavilhão desapareceram.

O sistema de imagens das câmeras de segurança da ala que abrigava o preso não estava funcionando, fatos que chamaram atenção do juiz da Vara de Execução Penal, Fernando Cury. O magistrado quer o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e a 50ª Promotoria de Justiça do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) na investigação.

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