Alvo de prisões e polêmicas, ex-secretário de saúde de Dourados é demitido
Renato Vidigal disse não ter interesse em trabalhar para prefeituras, mas vai cobrar "salários devidos"
Afastado de suas funções desde 2019 o médico e ex-secretário de saúde de Dourados, Renato Oliveira Garcez Vidigal, foi oficialmente demitido pela prefeitura do município, nesta terça-feira (26). A permanência de Vidigal no cargo, foi abalada após ele ter sido preso em janeiro, acusado ter agredido a esposa.
Antes disso ele já havia sido detido, em 2019, como um dos alvos da Operação Purificação, que investigou esquema de corrupção na pasta a qual comandava. Diante da demissão, Vidigal que era médico concursado, ressaltou que não tem interesse de voltar a integrar o quadro de funcionário da prefeitura de Dourados. Desde o ano passado ele atende no setor privado e presta serviços para outros municípios.
"Durante a pandemia até me ofereci para atuar na linha de frente de combate à covid-19, mas a prefeitura não fez questão então me dediquei ao setor privado", comenta. O médico informa que vai continuar cobrando na justiça o pagamento de valores atrasados que a prefeitura de Dourados, supostamente, ainda lhe deve.
Conforme Vidigal, os pagamentos foram determinados em decisão judicial, porém, teriam sido suspestos pelo atual prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP), depois que outra funcionária da saúde de Dourados denunciou que os repasses eram "indevidos".
"Irei recorrer apenas sobre os valores que na verdade, a prefeitura ainda me deve. Também estou entrando com ação conta ela (denunciante) por calúnia, difamação e danos morais", conclui Vidigal.
Gestão - Renato ficou à frente da Secretaria Municipal de Saúde entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, durante a gestão Délia Razuk. Ele foi alvo da Operação Purificação, que investigou esquema de corrupção na pasta a qual comandava e chegou a ser preso pela Polícia Federal em novembro de 2019.
O ex-secretário foi condenado em março do ano passado a 11 anos de prisão e devolução aos cofres públicos de valores superiores a R$ 500 mil. Atualmente ele atua em um hospital particular em Corumbá. Em janeiro deste ano, Renato foi preso em flagrante depois de agredir a companheira em um hotel na cidade de Bonito. No mesmo mês, contudo, ele foi liberado