Após briga na Justiça, funcionários da Fibria aceitam reajuste de 7 %
Após manifestações, ameaça de greve e até briga na justiça, funcionários da indústria de celulose Fibria, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, resolveram aceitar o reajuste de 7 % nos salários, proposto pela empresa. A princípio, eles insistiam em 8,33 % de aumento.
Trabalhadores da Eldorado Brasil participarão de assembleia para repensar se aceitam o reajuste ou mantêm o processo na Justiça. Já os empregados da Internacional Paper, seguem aguardando decisão judicial. Ambas as indústrias têm unidades em Três Lagoas.
Segundo o presidente do Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose), Almir Morgão, foi promovido um abaixo-assinado entre os empregados pedindo nova assembleia ao sindicato.
“O abaixo-assinado foi dos funcionários, mas por intermédio da empresa. Então, partiu da empresa, mas a justiça não viu isso, falou que tínhamos que fazer e, infelizmente, o pessoal aceitou, depois de lutarmos tanto desde agosto do ano passado”, lamentou Almir. De acordo com ele, a Fibria ofereceu aos funcionários um aumento de, aproximadamente, R$ 5,00, no ticket refeição e um aumento no abono, que ficará em R$ 1.630, a ser pago em abril.
A Fibria emitiu nota à imprensa comunicando o acordo, mas não detalhou os valores. “A Fibria, que ofereceu aumento real de salário, atendeu a todas as etapas da negociação, mantendo o diálogo aberto com todos os envolvidos no processo e respeitando a legislação trabalhista”, diz a nota.
Em setembro do ano passado, os funcionários fizeram manifestações para pressionar o aumento da proposta das empresas, que é o mesmo, 7 %.