PF vasculha endereços de gerentes da máfia do cigarro em 3 cidades de MS

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) mais uma operação contra a máfia do cigarro que atua na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Dourados, Eldorado e Juti, no âmbito da Operação Amerímnia.

Segundo a PF, os alvos são os “gerentes financeiros” do esquema criminoso que envia cigarro contrabandeado do Paraguai para grandes centros brasileiros.

As ações desencadeadas hoje miram a lavagem de capitais e são desdobramentos da Operação Nepsis, de 2018, que levou dezenas de contrabandistas para a cadeia. Policiais militares, civis e agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) também foram presos naquela operação, por receber propina para permitir a passagem das cargas.

Durante as buscas de hoje, feitas por agentes da Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, um dos alvos foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Na casa dele, os policiais apreenderam um fuzil, uma pistola e munições. Dinheiro e joias também foram apreendidos.

De acordo com a PF, os gerentes financeiros da organização criminosas, embora condenados por contrabando, organização criminosa, corrupção, entre outros crimes, continuam praticando sistematicamente a lavagem de capitais por meio de empresas de transporte, postos de gasolina e conveniências, mediante a utilização de familiares e “laranjas”.

Além dos oito mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal faz o sequestro de seis imóveis, 22 veículos, 15 contas bancárias e suspensão das atividades de quatro pessoas jurídicas.

O nome da operação (Amerímnia) deriva do grego e significa “não-preocupação”, “despreocupação”, tranquilidade, em alusão ao fato de os investigados continuarem com a atividades ilícitas, sem demonstrar preocupação com as investigações.