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Cidades

PRF notifica caminhoneiros para retirada de veículos de acostamentos

Medida atende a liminar expedida pela Justiça Federal que proíbe bloqueios em rodovias; manifestantes prometem manter protesto no anel viário da Capital

Humberto Marques, Anahi Gurgel e Guliherme Henri | 25/05/2018 15:35
No local do protesto, manifestantes usam cartazes para chamar a atenção dos motoristas. (Fotos: Fernando Antunes)
No local do protesto, manifestantes usam cartazes para chamar a atenção dos motoristas. (Fotos: Fernando Antunes)

Equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) estiveram há pouco no trecho do anel viário de Campo Grande, próximo ao Posto Caravaggio, para notificar os participantes do protesto de caminhoneiros sobre a decisão judicial que proíbe o bloqueio de rodovias federais no Estado. Os policiais advertem os manifestantes que, caso mantenham os veículos estacionados nos acostamentos, estarão sujeitos a multas.

Após o alerta, caminhoneiros iniciaram a retirada dos cerca de 30 caminhões que ocupam o acostamento no local. Ao Campo Grande News, os manifestantes negaram que estivessem promovendo bloqueios na BR-163. Segundo eles, o que ocorre é uma retenção de fluxo organizado pela própria CCR MSVias –concessionária que administra a BR-163 em Mato Grosso do Sul–, decorrente de motoristas que reduzem a velocidade ao passarem pelo local do protesto.

Caso se recusem a retirar os veículos dos acostamentos, os motoristas serão multados em R$ 53,20 (trata-se de infração leve) e estarão sujeitos à remoção por guincho. Além do acostamento, os manifestantes devem deixar também a área de contenção da CCR.

A reportagem apurou que, da Capital, a equipe da PRF seguiu para São Gabriel do Oeste –a 140 km da Capital– para tomar medidas semelhantes, o que ocorrerá por todo o Estado.

Cerca de 30 caminhões ocupavam acostamento no anel viário
Cerca de 30 caminhões ocupavam acostamento no anel viário

Continua – Apesar da decisão da juíza Janete Lima Miguel, da 2ª Vara Federal de Campo Grande, que acatou pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) a fim de evitar que os protestos impeçam a passagem de veículos nas rodovias federais do Estado –garantindo assim o direito de ir e vir–, os manifestantes garantem manter os atos.

No Caravaggio, foi autorizado o deslocamento dos caminhões que estavam no acostamento do anel viário para uma área adjacente, pertencente ao posto. O gerente do estabelecimento, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que a empresa apoia a manifestação, diante da possibilidade de a causa –a redução no preço dos combustíveis– ser atingida. “É agora ou nunca, essa é uma luta de todos”, afirmou.

No local, os manifestantes pretendem continuar a concentração, usando-se dos cartazes e outros aparatos para chamar a atenção da população para a causa. Na manhã desta sexta-feira (25), o presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para garantir a desobstrução de vias.

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