Sentença de autores de tiroteio no Centro da Capital é definida hoje
Defesa tenta amenizar pena alegando que não houve tentativa de homicídio
Os jovens Jonathan Michel Barbosa e Marcos Vinicius de Souza Schimitt, de 19 anos, são julgados nesta quinta-feira (7) pelo roubo de um malote de R$ 69 mil na Avenida Afonso Pena, próximo ao Obelisco, em abril do ano passado.
A sentença está prevista para sair no início da tarde. Sete pessoas compõem o júri popular, que foi iniciado às 9h. O julgamento acontece plenário do Tribunal de Júri de Campo Grande e é presidido pelo juiz da 1ª Vara, Alexandre Tsuyoshi.
Jonathan pode ser condenado a 20 anos pela acusação de tentativa de homicídio, roubo, resistência a prisão e porte ilegal de arma. Já Marcos pode receber pena de até 10 anos e responde por roubo e resistência a prisão. Os dois confessam o roubo.
A defesa se pronuncia no início da tarde e, de acordo com o advogado Luiz Gustavo Battaglin, irá contestar a acusação de tentativa de homicídio. Ele alega que os disparos efetuados pelos autores não tiveram a intenção de matar a vítima e os policiais civis.
“Houve um tiroteio e eles dispararam na intenção de fugir”, afirma.
No entanto, o promotor Fernando Martins Zaupa afirma que os disparos só não acertaram a vítima e os policiais por “sorte”.
“O fato de eles atirarem contra os envolvidos já caracteriza a tentativa de homicídio”, explica.
Roubo - O roubo aconteceu no dia 30 de abril do ano passado. Os jovens estavam em uma motocicleta e enquanto o semáforo estava fechado abordaram uma caminhonete e roubaram o malote de R$ 69 mil, que seria usada para pagamentos em uma agência bancária.
Mas a ação foi toda flagrada por policiais civis à paisana do serviço reservado que passavam pelo local. Os três policiais interceptaram os autores, que iniciaram um tiroteio em plena Afonso Pena, próximo ao Obelisco.
Ação - Os três policiais que participaram da troca de tiros acompanham o julgamento. Eles contam que no momento da ação estavam indo levar uma das viaturas descaracterizadas do DIP (Departamento de Inteligência da Polícia Civil) para a oficina mecânica.
Um dos policiais viu o roubo e acionou os outros dois oficiais, que estavam no veículo da frente. Segundo os policiais, Marcos foi atingido nas pernas e no pulso e ficou caído no canteiro central da Afonso Pena. Jonathan foi atingido no braço e mesmo assim fugiu, atirando, e só pego na esquina das ruas 15 de Novembro e José Antônio.
Eles afirmam que no momento da abordagem se identificaram como policiais civis, mas os autores ignoraram a ordem de parada e atiraram.