Brasil, Argentina, Colômbia e México. As diferentes ajudas
Um breve olhar sobre os auxílios emergenciais para os quatro principais países latino americanos mostra a falácia das ideologias. Era para esperar uma proteção maior nos dois países governados pela esquerda (Argentina e México), e algum desleixo para os pobres nos dois governados pela direita (Brasil e Colômbia). Nada mais falso. As ideologias são apenas uma arcaica forma de enganar populações.
Os mais afetados são os pobres moderados e grupos médios.
O grupo de ingresso mais afetado não é o mais pobre nos 4 países. Os que mais perdem são os pobres moderados e grupos médios. Os mais pobres perdem relativamente menos devido aos programas de transferências monetárias existentes antes da pandemia. A Argentina conta com a "Assignacion Universal", um programa voltado para crianças. O Brasil tem a Bolsa Família, que mudará de nome e, posssivelmente, será maior. A Colômbia conta com o "Famílias em Acción e no México tem o "Progresa".
Brasil e Argentina expandiram suas ajudas aos mais pobres durante a pandemia.
Há algo em comum entre os esquerdistas argentinos e a direita brasileira: ambos governos expandiram suas ajudas aos mais pobres durante a pandemia. A Colômbia pouco fez por eles. O sinal mais gritante em suas principais cidades eram o hasteamento de panos vermelhos nas janelas das casas dos mais pobres pedindo comida. Parecia que as cidades colombianas haviam sido tomadas por forças comunistas de tantas "bandeiras" vermelhas "hasteadas" nas residências. Um governo inútil. Se a direita colombiana apenas assistiu o passar do vírus, a esquerda mexicana fez pior: fingiu que não viu o vírus.
As ajudas em percentagem do PIB.
No caso do Brasil, o país mais povoado da América Latina, o governo investiu cerca de 2% do PIB no Programa de Auxílio Emergencial. Beneficia mais de 50 milhões de pessoas com uma transferência de 107 dólares mensais durante 5 meses. À medida foi tão contundente que alguns estudiosos estão estimando que a pobreza atual é menor que antes da pandemia. Na Argentina investiram menos de 2% do PIB durante a pandemia. O "Ingreso Familiar de Emergência", programa de transferência de renda argentino, beneficia a 9 milhões de pessoas com uma transferência de 148 dólares mensais por três meses. Tal como no Brasil, a quantidade de pobres foi reduzida significativamente. Como se vê, a ideologia não existiu durante a pandemia no Brasil e na esquerdista Argentina. Ambos cuidaram de seus pobres.
Colômbia e México, governos de inúteis.
A Colômbia teve um gasto adicional insignificante. Mandava socorrer as residências que hasteavam os panos vermelhos de socorro nas janelas. O total de gasto foi de tão somente 0,3% de seu PIB. Pior fez o México onde não foi introduzida nenhuma medida de mitigação. Paradoxal situação para um país onde o lema de seu esquerdista presidente é: "Primeiro os pobres".